sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sonhos

Tanto tempo longe que quando a gente volta da vontade de contar a vida toda. Mas para que falar de várias coisas se todas elas se resumem fácil ao que chamamos de vida.

Desde ontem, ou melhor, desde sempre, o jornal noticia tragédias e mais tragédias.Ontem, um avião foi abatido e mais de 200 pessoas morreram. Uma comerciante levou um tiro e morreu na hora. Fora outras coisas mais... Em um mundo onde o horror toma conta de quase 70% do nosso dia, ler algumas coisas inspiradoras faz a nossa vida ganhar mais cor.

Hoje, dia 18 de julho é comemorado o dia internacional de Nelson Mandela. Um homem que inspirou a todos com sua vida e deixou um legado mais importante para o mundo do que a sua própria presença. Além de combater o Apartheid, ele combateu a ignorância e mostrou a todos a possibilidade de sonhar e ter esperança. Não mais que coincidência, o Jornal O Globo publicou mais uma matéria sobre a Fundação Make-a-Wish. Um menino de 5 anos, portador de leucemia, quis viver o Godzilla e teve seu pedido atendido. A cidade parou para realizar um sonho, nada simples, de um menino. Uma equipe de filmagens preparou um filme só para ele estrelar.

Em outro site que amo (Hypeness), uma outra matéria para mostrar que a sua sexta pode ser alegre e bem mais otimista que o destaque do jornal que você leu na banca. "O youtuber Blake Grigsby, de 20 anos, tem um canal voltado para iniciativas que proporcionam sorrisos sinceros e espontâneos às pessoas. No mais recente vídeo, ele saiu com um megafone, e com amigos, dentro de um carro pelas ruas de Chicago, e disparou elogios às pessoas.".

E então ao terminar de ler inúmeras matéria e ver a foto daqueles olhos brilhando de alegria e de sorrisos sinceros, todas as tragédias ficaram para trás. Porque ao invés de viver uma vida regada de medos, inseguranças e problemas, podemos sim, e devemos, escolher viver uma vida cheia de sorrisos, alegrias e principalmente, sonhos!

Hoje é o Dia Internacional de Nelson Mandela! E a Google fez um doodle lindo em homenagem a esse homem maravilhoso! Vale muito a pena dar uma conferida!!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Seguindo os passos de uma alma livre: menos do mesmo

Liberdade. Liberté. Freedom. As pessoas podem chamar do que quiserem, mas eu chamo de vida. Como velhas amigas que preferem apelidos carinhosos a nomes banais. Sinto você aqui sob minha pele, correndo fundo pelas minhas veias e fazendo com que meus pés saiam cada vez mais do chão.

Se me perguntassem um dia na rua, o que mais prezo na vida,  poderia responder amor, companheirismo, família, ou qualquer outra coisa. Mas a tal da liberdade, essa não pode estar fora da lista. Uma pessoa de alma livre sonha alto, corre atrás e se esforça para mudar nem que sejam as paredes da sala de estar, ou o lugar do assento na mesa de jantar.

Em uma sociedade onde tudo é mais do mais, uma pessoa de alma livre busca mais do menos. Menos conformismo, menos mesmices, menos burocracia, menos preocupação, menos do mesmo! Ser livre é querer fazer planos de viagem a todo instante; é cultivar sonhos para o  futuro, mesmo que você nem saiba o que vai fazer amanhã; é querer comprar livros como 1001 lugares para ir antes de morrer.... Mas como nem tudo nesse mundo são flores, essas pessoas, assim como eu me sinto, sofrem de um grande mal: o de ter que responder sempre com um sorriso amarelo que irão sim viajar novamente, que gostariam sim de mudar de aprender algo novo e de ter novas experiências e de que querem sim ser livres de julgamentos e pré-conceitos.

Que mal tem em querer romper as barreiras? Qual o problema de preferir um final de semana em um lugar diferente ao barzinho do final de semana? O que tem de mais em planejar viagens, mesmo que isso lhe custe todas as suas economias? Viajar enobrece a alma, e para aqueles que andam de mãos dadas com a liberdade, viajar enobrece a vida, a alma, a mente e o corpo. Novos sabores, novas cores, novas paisagens, novas pessoas, novos ares, isso tudo faz com que a nossa pele sinta um arrepio.

Quem nunca chegou em um lugar e ficou sem palavras, na concepção de uma pessoa de alma livre, nunca viveu. Então se eu pudesse dar ao menos uma dica, não seria use filtro solar, como o nosso querido Pedro Bial, e sim viva! Viva sem amarras que te sufoquem, sem pessoas que te prendam e sem problemas que lhe cortem as asas. Viva com pessoas que te empurrem, amigos que te ajudem e familiares que carimbem o passaporte com você. Mas principalmente, viaje! Curta cada momento único que se abre a sua frente. Porque depois que isso tudo acabar, mesmo sem dinheiro, o sentimento que ficará dentro de você... esse meu querido, é único!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"Ter ou não ter namorado"

Nunca fui a favor de fazer listas.Acho monótono e sem contar que me sinto lendo revistas de adolescentes com testes e quiz. 10 maneiras de emagrecer, 10 motivos para ser solteira, 20 questões da crise dos 30.... nada disso me apetece. Mas texto em forma de lista, ai já é outro nível.

Nessa tarde do feriado te vi assim, de rabo de olho, falando com uma animação sem igual sobre os planos que faríamos juntos. Vi em seu olhar uma felicidade que, orgulhosa ou não, sem humildade alguma, posso dizer que eu coloquei ali. E isso me fez um bem sem igual. Lembrei na hora de um texto que li quando tinha mais ou menos uns 16 anos, em uma tarde qualquer de aula de literatura de colégio.

Ignorância ou não fiquei surpresa ao ler um texto tão lindo de um autor que para mim era tão desconhecido. Artur da Távola é o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros( 1936 -2008). Ele foi um advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro.

O seu texto com uma sensibilidade enorme mostra de todas as formas o que senti naquele momento em que te vi ali, feliz e realizado. Aquele momento em que me peguei, como um ladrão que chega de repente, sentindo o doce sabor de um sorriso. Ser solteira tem sim suas inúmeras vantagens. Você se sente mais livre, não tem que dar satisfação da onde vai nem com quem vai, não precisa sentir ciúmes, afinal não é apegada a ninguém, entre outras coisas. Mas namorar... isso sim é bom. Deixo para o Artur da Távola explicar como ninguém. (Mas claro deixei em destaque as partes que me vieram a cabeça naquela tarde do feriado).

"Ter ou não ter namorado" - Artur da Távola

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pele na pele


Me desculpem aqueles que pensam que um relacionamento se resume ao amor. Companheirismo, atenção, respeito, paixão, isso tudo entra na conta quando resolvemos marcar os números da mega-sena. Mas pele, essa sim é essencial e sem ela, as coisas não andam.

Em minha viagem de férias, conversei com uma amiga japonesa que, depois de muita firula, já que na escala da timidez elas alcançam o dez, me perguntou o que era a tal química que era o tema daquela conversa. Olhei pra ela meio sem entender e vi em seus olhos que ela realmente não sabia. Como explicar aquele calafrio que se tem ao tocar o outro, aquela sensação doce que fica na boca depois de um beijo bem dado ou aquele sorriso que chega de mansinho e vai tomando espaço no rosto? Tentei de todas as maneiras explicar e acho, que lá no fundo, ela compreendeu. Mas o que me deixou mais assustada não foi a pergunta e sim o fato dela nunca ter sentido isso. 

Namoro é antes de tudo vontade. Vontade de querer o outro, de ser feliz, de viver cada momento, de rir a toa e de fazer o outro feliz. Vontade de ir ao cinema na sessão das 15h em plena semana e passar a noite acordado rindo do nada. Vontade de beijar e abraçar mesmo quando todos estão olhando e falar besteiras quando ninguém está olhando. Namoro é vontade de amar, de estar e principalmente de tocar. Para aqueles que pensam que prazer só vem de áreas digamos "sexuais", sinto lhes dizer, que você não teve uma boa professora. Prazer vem primeiramente do toque, daquele arrepio que sobe a nuca e faz sua cabeça esquecer dos problemas.

Depois de muita conversa em uma mesa de bar, consegui tranquilizar minha amiga dizendo que tudo na vida vem com o tempo. Quem sabe seus antigos namorados não eram essa Brastemp toda e quem sabe o futuro não lhe reserva um menino diferente. Porque o problemas não é ele ou ela, e sim os dois juntos. Porque carinho, respeito e até amor se constroem com o tempo, mas pele. Essa sim, precisa ser como amor a primeira vista. Simples, direta e muito poderosa.


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Resenha: Melancia

Sempre tive uma regra de leitura chamada 2x1. Algumas amigas me perguntam se levo isso a sério. Muitas vezes não, mas sempre que dá sim. A regra é clara, como diriam os comentaristas de futebol, a cada dois livros "cults", "cabeças" e profundos, um livro menininha, Chick Lit, daqueles que não acrescentam muita coisa, mas arrancam gargalhadas de todos.

Depois de ler dois livros bem cults, resolvi me render à escrita de Marian Keyes. E posso dizer que no mínimo é diferente. Sem querer seguir regras, como ela mesmo explica no prefácio, o livro parece uma conversa de bar: fácil, rápido e engraçado. Daqueles com frases longas, suspiros e pensamentos estranhos em meio às diversas histórias.



A história é a seguinte: logo após ter sua primeira e linda filha, Claire descobre que seu marido quer ir embora. Digo logo, porque ela ainda estava na cama do hospital quando recebeu a notícia. Com 29 anos, um bebê e sem marido ela percebe que sua vida não será fácil. Com alguns quilos a mais, descobre que seu marido não só foi embora como tem um caso com a vizinha.

Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua família meio doida. Duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e um pai à beira de um ataque de nervos. Depois de muitos dias em depressão, choro, bebedeira e autopiedade, Claire decide avaliar os prós e contras de seu ex casamento e percebe que pode viver bem sem o traste do seu ex marido. E quando você acha que tudo se resolveu, o ex James reaparece, para convence-la a assumir a culpa por te-lo jogado nos braços de outra mulher. Claire então resolve recebê-lo, mas como qualquer mulher esperta, sua volta lhe reservará uma bela surpresa!

O livro é leve e serve para ler no ônibus, praia, academia... Ou seja, fácil e divertido. Mas com algumas falhas, como enrolação e descrições demais! Às vezes, torna-se um pouco repetitivo, mas nada que uma leitura rápida e descompromissada não cure!

Vale a leitura!!

Nota final: *** (3 estrelas)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Vem

Larga essa xícara de cafe frio e sem gosto e vem ficar comigo!
Deita aqui do meu lado e recita aquela musica que só você sabe.
Fala no meu ouvido palavras doces como o açúcar que ta ai no fundo, misturado com esse líquido amargo. 
Deixa do lado de fora, no quintal, na copa ou na mesa de bar, os seus problemas banais e vem pra cá. 
Coloca seu perfume misturado com o meu, o seu corpo aqui pra me acolher. 
Vem segurar meu choro, fazer brotar meu sorriso e me encher de beijos.
Larga esse pão de ontem, o cigarro sem fogo e vem pra cá.
Deixa a vida viver la fora, de hora em hora, de par em par.
Vem morar na minha cama, desfazer toda esse drama que o meu coração cisma em lembrar.
Vem que a hora é agora, nem depois, nem demora.
Vem do meu lado ficar!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Resenha: A Redescoberta do Mundo

Depois de alguns dias de férias, o EscritAleatória volta ao normal e claro que o #UmaBreveHistória não poderia ficar fora dessa!

E como não tinha nenhum livro novo me aguardando, resolvi passar em uma feira literária que estava no shopping Downtown, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Lá encontrei relíquias por R$10,00. Digo relíquias não por serem famosos, best-sellers ou autores pops, mas por serem livros diferentes e raros em livrarias.


As prateleiras abarrotadas de "livros modinha" escondem grandes histórias e personagens. Naquela feira, por obra do destino, acabei me interessando pela capa de dois exemplares, que só depois de ler a sinopse descobri que tratavam de histórias que se passavam nos EUA e no Oriente Médio.


A dica do dia é o livro "A Redescoberta do Mundo", da indiana Thrity Umrigar. Uma história belíssima que fala de superação, luta política, amor e principalmente, da força de uma amizade.

A história começa com a doença grave de uma das integrantes do grupo. Quatro amigas que cresceram juntas na Índia, participaram ativamente de movimento sociais, e naturalmente, tiveram rumos diferentes na vida. Com a doença de Armaiti, suas três amigas resolvem visitá-la nos EUA. Porém, essa visita trará inúmeras histórias do passado. Para Laleh, esse encontro é o lembrete dos sonhos que não se concretizaram, da culpa não verbalizada. Para Kavita, significa assumir uma paixão proibida. Para Nishta, é a chance de se libertar do marido fundamentalista e opressor. Resumindo, histórias paralelas cheias de emoção que se transformam em uma única. 

A leitura é leve como só. O enredo é bem escrito e você se apega a todas as personagens e suas respectivas famílias. Assim como sugere o título, com a leitura desse livro descobri um novo mundo. De autores diferentes, linguagens e cenários diferentes. Sem esse que americano e igual que vemos por ai. Se você quer refrescar sua cabeça com um bel livro, minha dica é essa!!

Vale muito muito muito a leitura!!

Nota final: ***** (5 estrelas)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Palavra única

Saudade. Se me perguntassem do que eu mais senti falta quando viajei mês passado, posso dizer que foi, além da minha família, da minha língua! Senti saudade da sonoridade das palavras. Senti saudade de dizer oi, tudo bem? Como foi seu dia? Dia, bem, ser, cachorro, ônibus, vida e saudade.... 

Lendo o livro de Chico Buarque "Budapeste", há alguns meses, lembro de ter sentido um sorriso de canto de boca quando ele escreveu que após muito falar húngaro voltara pro Brasil querendo falar português. Chico narrou como seu personagem deixara um recado na secretaria eletrônica apenas com palavras soltas em português, pois precisava daquilo. Carinho, amor, paz, saudade....

Quando passei vários dias falando apenas inglês, voltei pro meu país com saudade dessa língua que, como nós brasileiros, é complexa, difícil, linda e cheia de problemas; acentos demais, sinônimos demais, vírgulas demais, mas definitivamente, sentimento demais. É só olhar para a singela saudade, palavra que só existe aqui! Não tem I miss you que se compare. Saudade não se explica em palavras! Se sente, se vive e se pensa. Pássaro, estrela, céu, lua, saudade....

Língua dos grandes poetas; de Vinicius de Moraes, Machado de Assis... Dialeto esse que Drummond conseguiu poetizar. Uma bendita pedra que estava ali atrapalhando seu caminho virou poesia. Voltei como os poetas: nostálgicos e saudosos. Tive saudade de dizer palavras tolas, mas que sempre significam algo a mais. Casa, família, sentimento, saudade....



quarta-feira, 26 de março de 2014

Pequenos e simples atos mudam o mundo!

Após um pequeno recesso, afinal, blogueira também merece férias, o EscritAleatória volta com força total. O texto de hoje surgiu de uma experiência pessoal, mas que com certeza diz muito sobre quem somos e como agimos para melhorar nosso mundo.

Antes de viajar todos me avisaram que seria muito fácil conviver com os canadenses! Pensei que isso era apenas um conselho para eu ficar tranquila. Mas logo perceberia que não.

Chegando em Victoria, uma pequena ilha situada ao lado de Vancouver, no Canadá, percebi que aquele é definitivamente o povo mais educado que eu já conheci. Não digo simpatia porque isso o carioca tem de sobra. O sorriso, a jogo de cintura e fala mansa estão no sangue dos cariocas e/ou brasileiros. Digo educação, daquela que todos os pais deveriam passar para seus filhos.

Vamos aos exemplos caso você leitor, não esteja convencido do meu parecer. Semana passada fui visitar o museu local da ilha. Na fila, espirrei e me surpreendi quando uma criança pequenina, que não devia ter 5 anos, olhou pra mim com um sorriso e disse "bless you" (saúde). Peguei o ônibus com outros estudantes da universidade e todos agradecem quando descem do ônibus e o motorista me recebeu com um "good morning" (bom dia) e um enorme sorriso. Logo no ponto seguinte, uma moça com um carrinho de bebê quis entrar no ônibus e todos da fila a ajudaram! 


Mais o que me mais me impressionou não foi isso. Desci na universidade para trocar de ônibus e estava com frio, afinal, sair de um verão escaldante para 8 graus é bem louco. Vi um homem olhando para mim e, carioca que sou, fiquei logo preocupada. Olhei para os lados para ver se tinha mais alguém perto. Pensei em correr e gritar caso fosse necessário. 5 segundos depois Deus deve ter rido da minha cara, porque o senhor tirou o casaco e colocou no meu ombro. Ele estava apenas com uma blusa de manga comprida e o casaco e teve a educação e a compaixão de tirá-lo para mim. Disse que já estava acostumado com o frio e que eu parecia precisar mais que ele

E o mais impressionante?! Sim, tem mais. Desci do ônibus perto de casa e fui andando. Antes mesmo de atravessar a rua mesmo sem faixa ou sinal, três carros pararam e me aguardaram atravessar. Porque naquele país, como deveria ser em todos os outros, pedestre tem sempre razão e prioridade.

Acho que vou sentir falta desse povo tão educado, fofo e respeitoso! E espero que todos, em um futuro não tão longe, possam agir dessa maneira, com pequenas e belas atitudes. Compaixão, respeito e educação! Todos nós precisamos!


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Bendita tecnologia!

Eram seis da manhã! O dia ainda não tinha se dado ao trabalho de acordar e lá estava eu, pronta, atrás de um táxi. Sim aquele carro amarelo, com placa luminosa de livre. Só queria um. Não vários, mas um! Nenhuma cooperativa tinha táxi livre. Os minutos passavam e o desespero ia batendo. Já estava mais do que atrasada, mais do que na hora de sair de casa, mais do que na hora de me desesperar.

Es que me surge uma luz, em forma de aplicativo, com um nome que me prometia milagres: Easy Taxi! (Não estou fazendo propaganda, nem ganhei um real para isso, apenas quero ajudar os meus leitores a viverem momento de tranquilidade como o meu!). Abri o aplicativo e apertei o enorme botão verde que me prometia  algo como os números da mega-sena. Nesse momento, você deve estar pensando: "que exagero!". Não! em uma metrópole caótica como o Rio de Janeiro, achar um transporte descente, mesmo que pago, é quase um troféu.


Depois de apertar o botão fiquei esperando. Em nada mais nada menos que 5 minutos, um táxi estava me aguardando. Sim, a tecnologia pode ter vários defeitos: nos torna dependentes, conversamos menos ao vivo, não paramos de olhar aquela tela acessa e, às vezes, somos mal educados porque estamos absorvidos em informações dos celulares. Mas a "bendita tecnologia", expressão dos vovôs que não entendem as novidades tecnológicas, tem lá as suas inúmeras vantagens!



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Não me leve a mal, hoje é Carnaval!

Bem-vindos a melhor época do ano!! Os dias são movidos a alegria, felicidade e samba! Ele que levanta todos, da criança a vovó, sem distinção de classe social. Chegou o carnaval!!

Nessa época cada um faz o que quer sem ter que se preocupar se esta sendo julgado. É como se a linha do julgamento se apagasse, são os dias onde quase tudo é permitido. Os dias onde ricos e pobres dançam juntos e interagem sem preconceito. É tempo de conhecer pessoas novas, de não pensar em nada. 

É hora de pegar aquela fantasia do armário, dar uma sacudida, escolher os blocos e cair na folia! 



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha: Budapeste

Um livro no mínimo curioso e bem angustiante. Assim eu resumo um dos premiados livro de Chico Buarque, escrito em 2003. Sei que tem mais de 10 anos que ele foi lançado, mas nunca tinha me aventurado pelas escritas de Chico, a não ser pelas músicas. Achei esse grande presente da literatura em um sebo no centro e resolvi, entre uma viagem de metrô e outra, me aventurar nas páginas mais poéticas do que literárias, se isso é possível. Vencedor do prêmio Jabuti em 2004, o livro mostra, a cada frase bem escrita o desenho de uma história de dúvidas.

"A história de um escritor dividido entre duas cidades, duas mulheres, dois livros, duas línguas." (José Miguel Wisnik)


(Obs para o design do livro. Na parte da frente Budapeste é escrito em português e o autor Chico Buarque, já na parte de trás Budapest e o autor? Zsoze Kósta- achei um máximo!)

Um escritor, acostumado a ser ghost-writer, ou seja, escrever cartas, artigos e livros para terceiro sem assinar o seu nome é obrigado, na volta de um congresso de autores anônimos, a fazer uma escala imprevista na cidade título do romance. Seu nome? José Costa. Mais comum impossível. Sócio de uma empresa renomada e casado com uma apresentadora de telejornal, Vanda, Costa parece ter uma vida feliz. Até que aos poucos, descobrimos o quão confuso ele é. Como um personagem com dupla personalidade, Costa fica dividido entre voltar ao Brasil e continuar casada com uma mulher que ama, ou ficar em Budapeste ter um relacionamento com  Kriska.

Costa conhece Kriska na Hungria, que o apelida de Zsoze Kósta e com quem aprende húngaro - segundo o narrador, "a única língua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita". Uma língua difícil que exerce um fascínio sobre ele. Apaixonado pelas palavras e por novas possibilidades o livro mostra a maneira confusa e atrapalhada com que Costa vive sua vida.

O mais bonito do livro não é a história, mas sim a maneira inusitada e única como é contada. Chico consegue transpor para uma temática normal, como um romance e confusões amorosas, uma maneira poética, singela e humilde de escrever. Um livro para se deliciar a cada etapa. Não para ler como best-sellers e sim como aquele livro delicado de cabeceira. 

Vale muito muito a leitura!!

Nota final: ***** (5 estrelas)


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Até quando?!

Todos os jornais, blogs e colunas de cultura deram o tão aguardado beijo gay no horário nobre da Rede Globo. Mateus Solano divertia a todos com suas tiradas geniais e seu jeito espalhafatoso de ser. Aumentou a audiência da novela e fez com que os homossexuais fossem mais aceitos... ou não! 

Ontem , no meu feed de notícias do Facebook uma menina compartilhava um relato de como foi espancada na rua por estar andando com sua namorada. Hoje, na página do Globo a novidade é uma nova página nas redes sociais que lista locais como bares, ruas e estabelecimentos na Lapa homofóbicos e/ou que não são mais seguros, pois têm casos de estupro e violência. What?!

"A ideia inicial era desenvolver um aplicativo para as pessoas indicarem estabelecimentos onde se sentem inseguras na Lapa, mas os recentes casos de estupro no bairro anteciparam os planos do grupo, que optou pela página na rede social como meio de divulgação das denúncias." (Via Site Jornal O Globo)

Na TV é tudo legal, tudo lindo e liberado. Mas na mesa do seu lado no bar não né? Um casal homossexual se beijando pode até causar estranhamento, algo que já não era pra existir em pleno século XXI, mas vamos tentar entender, afinal o texto é sobre isso não é? Pedir um pouco mais de entendimento e compreensão! Mas dai algumas pessoas intolerantes, ignorantes e estúpidas se acharem no direito de dizer o que pode ou não. Partirem pra violência e desrespeitarem a liberdade do outro, isso já é crime! E então, só me resta a pergunta: até quando a pauta do dia será a falta de compaixão?!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

E você ainda me pergunta o porquê do meu nojo ?

Pouco acompanhei dos acontecimentos vergonhosos que o nossa população vivenciou essas últimas semanas. Mas hoje ao me deparar com o texto do jornalista e coordenador do site Catraca Livre, Gilberto Dimenstein, no Brasil Post, tive vontade de escrever o mesmo. Alguns vão pensar, de novo esse mesmo assunto! Outros talvez: "não adianta mais, o que foi feito já passou!". E para esses descrentes do mundo eu lhes digo: não é de gente como você que o país precisa. Precisamos de gente de bem, pelo amor de Deus. Gente honesta, que tem caráter e acima de tudo compaixão. 

Vendo a notícia do  rapaz espancado e acorrentado no Rio, acusado de cometer crimes, apenas pensei: "O que faz de você um justiceiro? Quem te nomeou assim?". Esses meninos devem ter lido muito gibi do Batman quando novos. É a única explicação. Ou melhor, é uma das. O pouco que vi nos telejornais e programas televisivos sobre o menino preso a um poste como um cachorro, me deixou com ânsia de vômito. Um dos tais justiceiros respondeu à pergunta da repórter sobre como seus pais agiriam se soubessem com um simples aceno de cabeça e um "eles acham certo, falaram que bandido tem que ser tratado assim".  Então além dos gibis, vemos a causa dessa sociedade podre. Como pais ensinam a seus filhos que o certo é tratar violência com violência? Onde estão os tais dizeres, que estamparam a camiseta dos hippies, músicas de John Lennon e atualmente deveriam sair da boca da nossa juventude engajada: "make love, not war", "peace and love", ou "gentileza gera gentileza".

E ai os descrentes me dizem: "É porque você nunca passou por isso?", ou então "mas o que fazer se a polícia não resolve". Eu já fui assaltada sim! Já me levaram pertences pessoais e tenho medo de andar na rua à noite, ou em determinados lugares desacompanhadas. Às vezes tenho medo da minha própria sombra, mas daí eu prender um homem espancado, nú a um poste? Por acaso voltamos a época da escravidão onde os homens e mulheres que desrespeitavam "as leis" eram açoitados em praça pública.

Homenagem ao cinegrafista Santiago Andrade, de Celso Mathias
E não satisfeitos em me deixar mal no domingo a noite, os jornais me deram a triste notícia que o cinegrafista da Band Santiago Andrade havia morrido. Um homem integro, colega de profissão, que estava ali no meio do protesto para entregar a você que está no conforto e segurança da sua casa as melhores imagens do acontecimento. Um cinegrafista experiente, que ganhou dois prêmios por mostrar as dificuldades que nós brasileiros passávamos todos os dias nos transportes públicos. Desde 2013, ele registrou para a TV Bandeirantes diversas manifestações na cidade e estava escalado para participar da cobertura jornalística da Copa do Mundo este ano. Um repórter que perdeu a vida, por imprudência, descaso e o pior, por falta de respeito de um único homem. Não chamo os manifestantes de vândalos, black-blocks ou irresponsáveis, porque como toda a população, eles só querem mudanças, melhorias e voz, coisas que nunca possuíram nessa nossa tal "democracia".  Apenas lamento que, como a nossa polícia mesmo nos ensina, os protestos e manifestações precisam de violência, rojões, bombas de gás e balas de borracha. De tanto ódio reprimido, alguém ia acabar sofrendo as consequências.  

Sem um pingo de compaixão com o próximo, a nossa sociedade vai crescendo, se expandido e infelizmente, apodrecendo os poucos otimistas, solidários e íntegros que restam....

Infelizmente, não consigo terminar esse texto com um pensamento muito otimista, mas deixo que John Lennon, aquele mesmo que falou "make love, not war", diga as palavras lindas de uma das músicas mais profundas que já ouvi. Que aqueles como eu, que mesmo com esse nojo dos fatos ocorridos, possam acordar no dia seguinte com o mesmo coração e mente do dia anterior. Que nós possamos imaginar um mundo  em que todas as pessoas vivam em paz, com elas mesmas e com os outros.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Não tão lindo!

“Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil”.Que o Rio de Janeiro é lindo ninguém mais precisa afirmar. Músicas e mais músicas já provam o encanto de quem moro ou passou por aqui. Eu mesma, não me canso de dizer o quanto o Rio é bonito. Cada detalhe faz com que eu me apaixone mais.
Mas viver no Rio exige certa malandragem que nem todos têm. E não digo isso com orgulho, mas com extrema tristeza. Habitar a cidade maravilhosa significa estar ligado a tudo o que acontece ao seu redor 24h por dia. É não deixar a bolsa aberta, ver quem está passando do seu lado, não sair muito tarde sozinho por ai, não deixar nada de muito valor a mostra, saber quais são os melhores caminhos para fazer... Semana passada depois de sair do trabalho me deparo com uma manifestação e de repente três pivetes assaltam um homem, que sai correndo desenfreado atrás deles. O povo em volta começa a gritar “pega ele, pega ele” e todos que estavam na rua se solidarizam com o sujeito assaltado e cercam o pivete que, sem saída, devolve o celular roubado e por muito pouco não é espancado. Uma cena que contrasta com a beleza celestial carioca, mas que nós moradores, temos que lidar.

As cenas de assalto aumentam cada vez mais e acabamos ficando de mãos atadas. De tanto conviver com essas situações, o carioca chega aos outros estados do Brasil já meio safo, achando que mais perigoso que o lugar onde mora, não existe. “Fala sério cara, eu moro no Rio!”.

O Rio de Janeiro não continua tão lindo.


Texto de Juliana Granato


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Resenha: As esganadas

O blog EscritAleatória adverte: é preciso estômago para encarar esse livro.

Com um humor, no mínimo negro, Jô Soares conta a história de um assassino pouco convencional. Sua tara? Matar mulheres gordas. De que maneira? Esganadas com seu próprio pecado, a gula. A trama do livro é bem interessante e bem estudada. A maneira como o serial killer é descrito, suas características físicas e mentais apimentam o livro. Mas o ponto alto, é claro, são os outros personagens. Um delegado carioca ranzinza que não aceita ser mandado; um ajudante de coração enorme mas medroso; um português inteligente, gordinho e sagaz; uma mulher bonita e destemida. A história se desenrola de maneira ágil e divertida. Mas... como nem tudo são flores. Jô peca em alguns detalhes.

Muito bem escrito como é de se esperar de Jô Soares o livro passeia por ruas, modelos e nomes de pessoas que viveram no Brasil na década de 30. Até ai, tudo em ordem! Porém, ele se perde muitas vezes. Como uma criança que quer mostrar que aprendeu a matéria corretamente, Jô Soares perde páginas e páginas explicando partidas de futebol, momentos marcantes da década de 30 e histórias, mesmo que boas, deixam  a desejar. Fora que a descrição das esganadas é pra lá de desnecessária. Os crimes ocorrem, ele começa a narrar como as esganadas foram encontradas e ai começa. Você se sente vendo um filme daqueles de perícia policial. As descrições são over!

De resto, uma boa história. Contada com um humor negro e bem escrito.

Vale a leitura, se você tiver estômago para aguentar as mortes, é claro!

Nota final: *** (3 estrelas)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"Perfeição é coisa de menininha tocadora de piano."

Como diria o jornalista, cronista e principalmente; verdadeiro, escrachado e não pudico; Nelson Rodrigues, "A liberdade é mais importante do que o pão". Nós tentamos. Juro que tentamos! Queremos sair na rua de batom vermelho e usar a saia do tamanho que acharmos convenientes. Queremos sentar na mesa de um bar, com outras mulheres e falar sobre sexo, sem perceber os olhares masculinos ao redor. Por que esse tabu?!

O preconceito velado, o machismo explícito e o julgamento precipitado me cansam. Cansam porque todos gostam de um "50 Tons de Cinza", de um filme a lá "Ninfomaníaca" e de um homem com pegada, ou uma mulher sensual. Mas deixar isso claro, ai não!

O prazer tem que estar escondido embaixo de saias comportadas, posturas femininas e risos discretos. Palavras "vulgares" não podem passar pelos lábios pintados de vermelho. "O que vão pensar de você?", essa é a frase que mais ouvimos, quando pensamos em nos libertar. Seu pai se preocupa com a sua imagem perante os outros, o namorado com sua postura e o que vão falar de você, e as outras meninas do quanto você pode chamar atenção. Ou será que eles, todos eles, apenas pensam em si.

"Deixa a menina dançar", já dizia a minha mãe quando eu era criança e queria mostrar pra todos a minha fantasia nova de bailarina. "Qual o problema da roupa? Elas são novas!", dizia a minha avó quando via as roupas curtas e sensuais das meninas saindo para a noite, bem diferentes das roupas de sua época.

Por que em pleno século XXI ser sexóloga ainda é motivo de piadas? Por que uma mulher não pode entender e falar de sexo normalmente? Por que o homem acha normal falar sobre a última transa e você mulher, em uma roda de amigas, não pode falar sobre vibradores sem ser julgada, ou pior, considerada fácil? E ai eu respondo: sexo só é tabu porque nós o fizemos assim. Porque nós mulheres, não nos soltamos, não prezamos por nossa liberdade e deixamos a opinião alheia nos afetar.

Não Nelson Rodrigues, em algumas coisas você foi maravilhoso, em outras... nem tanto. "A mulher ideal deve ser dama na mesa e puta na cama.", discordo! A mulher ideal é aquela livre pra ser o que lhe der vontade, ou como diria vovó, o que lhe der na telha. A mulher ideal é aquela que é feliz com seu próprio corpo e satisfeita na cama a ponto de falar sobre sexo sem meias verdades, sinônimos ou pudor. Deixe o pudor para os jantares em família, o aniversário da tia-avó da sua mãe ou no dia que for conhecer a sogra. Depois disso, se solte! Ser livre, moderna e destemida, faz você ainda melhor. E os outros? Ahh... eles que resolvam suas neuras na sexóloga.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Engravatados

Quando menos se espera, estamos lá, todos nós, feito nós, presos uns aos outros e a elas. As gargantas presas pelas gravatas sufocam o ser até a alma. São números, contratos, operações, financiamentos, projetos, ações, superavit, selic!!

Esse é o mundo onde a falsa simpatia rola solta. O mundo do quem tem mais é melhor, mais forte, com referências. Onde a ambição cria um ambiente selvagem daquele que o mais forte sobrevive. E quanto mais se adentra neste universo, mais difícil sair dele.

Quando pequenos, ninguém nos ensina sobre falsidade e mentira, mas nesse mundo das gravatas, isso é tudo, senão nada! A vida é de quem sabe fazer a politicagem: no samba, no escritório, nos estudos.



Texto de Juliana Granato



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Resenha: Eu sou o mensageiro

O tema principal do livro é amadurecimento. Isso, o texto não deixa dúvidas!

A forma como Markus Zusak escreve é simples e poética ao mesmo tempo. Simples mesmo, afinal, a cada página o protagonista, Ed, conversa com o leitor. Frases curtas, diretas e cômicas. Assim é construído o livro "Eu sou o mensageiro".

A trama parece de suspense, mas na realidade o livro traz assuntos muito mais profundos como solidariedade, amadurecimento, romance e um pingo de ação. A história começa quando Ed, que nem ele mesmo sabe como, consegue ter coragem e impedir um assalto a banco. Depois de um tempo, passa a receber cartas de baralho com endereços e nomes de pessoas com quem ele deve encontrar. E, de alguma maneira, mudar suas vidas. As cartas, sempre "Azes" de diferentes naipes, começam a atordoar Ed, que precisa não só desvendar o mistério por trás da pessoa que as envia, como também ajudar os outros.  E o melhor, ajudar a si mesmo, já que sua vida não passa de uma rotina pacata em uma periferia. Com uma mãe que não o ama, um cachorro fedido e um amor não correspondido, Ed mostra que qualquer um pode ajudar o próximo. 

Vale muito a pena a leitura. Um livro curioso, leve e que não pretende passar lição de moral, nem listas de auto ajuda. Apenas, através da imagem de Ed, Markus Zusak explica o que precisamos fazer para crescer na vida e nos tornarmos pessoas melhores! E o final... esse é o melhor de todos! (Vocês acham que eu ia contar?! Nunca!)


Ficou curioso?! Então corre pra livraria! Vale muito a pena!!

Nota final: ***** (5 estrelas)


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cheiro de vida

Diversão tem cheiro de pipoca! Daquelas bem salgadas, cheias de manteiga e que acabaram de sair da panela. Daquelas que a boca água só de pensar. Teatro, cinema, sessão da tarde no sofá, tudo isso tem cheiro, e gosto, de pipoca.

O amor, esse já tem outro gosto. É doce, cremoso, como os melhores sentimentos que existem! O amor, ah, esse tem cheiro de chocolate, de brigadeiro, daquele que você prova devagar com medo de se queimar, mas depois que coloca na boca, não consegue parar de comer. O amor é assim doce como chocolate, claro como leite condensado, cremoso como a manteiga e maravilhoso de se deliciar como o brigadeiro.

Quem já se apaixonou sabe muito bem que é verdade! Quem já amou sabe o gosto bom que fica na boca e a vontade insaciável de mais uma colher. Amar é ser guloso de prazer, se deliciar com o que a vida lhe oferece e agradecer a cada colherada por esse doce e singelo sentimento que faz tão bem.

Obs: sim, quem escreveu esse texto é gulosa e adora um chocolate, mas adora mais ainda uma sessão da tarde acompanhada e um romance de brigadeiro.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Vambora

Essa poesia em forma de música consegue retratar de um jeito magnífico tudo o que muitas vezes gostaríamos de falar para alguém.

“ Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Prá mudar a minha vida
Vem, vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva”

(Vambora - Adriana Calcanhotto)


Texto de Juliana Granato


sábado, 25 de janeiro de 2014

Dica Cultural: "Gonzagão - A Lenda"


O que falar de um musical que une a história de Luiz Gonzaga, poesia, sotaque nordestino e bom humor?! Maravilhoso! Essa é a palavra que uso para descrever o musical "Gonzagão- a Lenda". Desde o primeiro ato fica visível como será o andamento do espetáculo. Os atores/cantores entram no palco em um jogo de luz e sombra, com roupas que mais parecem fantasias e, com uma banda ao vivo, iniciam a história do menino Luiz. 

Com muita poesia e sentimentalismo, a história do Rei do Baião é contado de foma linear, com algumas músicas de sua própria composição e outras de arranjo do grupo de teatro. As encenações são um pouco caricaturescas, mas o espetáculo, desde o início, deixa claro que será assim. E isso não incomoda. Logo, desde o início o ritmo da música, a forma como a peça foi montada e os atores carismáticos te inserem em um universo lúdico e divertido.

Um musical bonito de se ver, com músicas lindas e um elenco de peso. Os atores, todos sem exceção, possuem vozes fortes e consistentes, como a do homenageado, Gonzagão. Ou seja, o musical é um show, como o grande Rei do Baião merece!

Vale muito a pena conferir!

Pontuação: ***** (5 estrelas)

Confira abaixo o serviço para você que ficou curioso:

Teatro João Caetano
Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
+12 anos

Em cartaz até 26 de janeiro de 2014


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Resenha: Juntos para sempre

Nunca fui muito fã de novelas, filmes e livros que falam de vidas passadas e coisas do gênero. Não sei se não me desperta interesse ou se simplesmente não acredito. Mas "Juntos para sempre" foi uma linda exceção. As novelas do Walcyr Carrasco sempre me encantaram pela maneira delicada e palpável que ele usava para contar uma coisa simples, ou até mesmo um fato do qual eu não acreditava. Acho ele um dramaturgo maravilhoso e por isso quando vi que era seu o livro, tive que comprar. 

Bom, descrevo esse livro como simples na medida certa. O encanto começa na introdução, quando Walcyr Carrasco explica que teve a ideia do livro em um sonho. Quando estava indo para a África do Sul, em uma longa viagem, sonhou toda a história do livro. Sim, eu disse TODA! Início, meio e fim! Esse fato já deixa todos com uma curiosidade aguçada. 

Vamos a sinopse do livro.

"Alan é um advogado bem-sucedido de São Paulo e leva uma vida aparentemente perfeita: mora em uma cobertura luxuosa, namora uma mulher lindíssima e pode ter tudo o que quiser. Mas todas as noites é atormentado por um sonho que o leva a um amor de outra vida. Assiste à morte na fogueira de uma jovem. E nesse momento promete:
– Eu te amarei para sempre!
Quando desperta, o sonho fica em sua cabeça. Envolvido por esse mistério, Alan vive dias de angústia. Tudo muda quando ele viaja para uma cidade do interior e encontra uma moça semelhante à que aparece em seu sonho. A profunda emoção que sente ao vê-la confirma que é a mesma pessoa. Essa é a primeira de várias evidências de que na vida nada acontece por acaso. Mas, para seu espanto, a moça foge aterrorizada ao deparar com ele. Agora Alan precisa descobrir quem é essa mulher e qual é a ligação entre eles. Para isso, terá que rever sua existência e descobrir que as coisas realmente importantes não podem ser compradas.
Auxiliado pela Terapia de Vidas Passadas, ele se entregará a uma árdua jornada de autoconhecimento. E entenderá que, embora o passado não possa ser mudado, há uma nova vida para superar os erros e refazer os laços de amor, em busca de um futuro luminoso."

Quer história mais curiosa que essa?! O livro é escrito voltando, em alguns capítulos, ao passado, quando eles teriam se conhecido na primeira vida. O fogo é bem explicado ao longo dos capítulos e os reencontros dele são muito bem descritos. A trama se desenvolve sem tropeços, problemas ou chatices, ou seja, de uma maneira que não tem como você não se identificar com Alan. Um homem comum, que resolve largar sua vida calma e boa em busca de um amor passado. Quer mais romantismo que isso? A protagonista porém não é das mais carismáticas. Tudo bem que ela foi queimada pelo cara no passado, mas acho que falta um pouco de carisma, fofura e delicadeza. Essas características ficaram todas no Alan. Isso é fato!

A história me encantou, mas por algum motivo, que não sei muito bem explicar, não é um livro que marca! Daqueles que te deixam com a sensação de quero mais no final! É um bom e leve romance para se ler no ônibus, na praia ou antes de dormir. Mas não é daqueles que você quer levar para todo canto!

Li o livro em menos de uma semana, porque é uma leitura fácil e beeeem fluída! Até emprestei para outras românticas que também aprovaram. Por isso, indico a leitura, mas minha nota não é máxima!

Nota final: **** (4 estrelas)

Foto: site dammit

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Diz!

Diz que o ama e não deixa ele ir embora!
Esquece o passado, as mágoas dos outros e vive o agora!
Olha lá no fundo,
Daqueles olhos doces e escuros
Um amor singelo, alarmante a cada segundo

Por que viver o atroz problema?
Se a simples equação de tudo
Não eh nada mais que um dilema
Criado pelo momento oportuno e sortudo

Momento esse que não dá pra esquecer
Que volta cada vez mais forte
Sem querer, sem porque nem pra que,
Que me lembra apenas a Bendita sorte

Que eu tive em te achar
No meio de tantos outros
Sem nem ao menos procurar
Mesmo ouvindo outros agouros

O quanto te amo
Isso nem ao menos sei
Apenas compreendo,
Mesmo que mais que dentro,
Que sem você nada serei


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O poeta não morreu

Essa foi esta sensação ontem à noite na praia de Ipanema. O show começou com a banda formada por George Israel, Guto Goffi e Leoni, com participações de Paulo Ricardo e Gal Costa. A estrutura era de um grande show, mas a organização entre os músicos nem tanto. Com grandes intervalos entre uma música e outra, a agitação do público esfriava. Gal Costa emocionou cantando Codinome Beija-flor e Eu Preciso Dizer Que Te Amo e Paulo Ricardo com jeito de garotão animou a plateia.

Mas a tão esperada hora era o holograma. Eu nunca tinha visto nenhum show desse tipo e posso dizer, foi emocionante. Começando com Exagerado, “Cazuza” levantou do chão todas as pessoas. Ele realmente parecia estar presente, interagindo com o público. E para quem nunca pode ver o show dele foi uma experiência de arrepiar da cabeça aos pés.



Texto de Juliana Granato


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

DC: Exposições e eventos para curtir o verão

O Dica Cultural ficou parado por um tempo, mas agora volta com força total! O primeiro de 2014 é da nossa colaboradora Juliana Granato.

O Dica Cultural dessa semana tem a cara do verão! Da praia ao cinema, nos finais de semana de janeiro, vale de tudo para fugir do calor. No posto 10 de Ipanema, em frente ao Country Club, a Banda Tereza se apresenta amanhã a partir das 18h.

Para quem já tiver saído da praia, por volta de 16h começa a Hora Feliz, uma pool party, no terraço da Bolha Editora, onde funcionava a antiga fábrica da Bhering, em Santo Cristo. A festa tem direito a cadeira de praia, infláveis, vinis e banho de mangueira na laje.

Passando pelo centro do Rio, no CCBB rola aos sábados a Madrugada no Centro, com DJs e músicas até às 5h de domingo. Além de dançar até o amanhecer, o público também pode visitar as exposições. O preço para curtir tudo é R$10. E este é também o último final de semana da exposição Obsessão Infinita da japonesa Yayoi Kusama.

Ainda no CCBB.. está rolando o Cine MPB, uma mostra com filmes e documentários sobre músicos e movimentos importantes da história da música brasileira.

Já no Centro Cultural Justiça Federal , “Tempos de chumbo, tempo de bossa: os anos 1960” do fotógrafo Evandro Teixeira começou nesta semana e segue até o dia 27/02. A mostra reúne fotografias sobre momentos históricos do Rio de Janeiro após o golpe militar de 1964.

Para fechar o final de semana vale passar em Ipanema no domingo para curtir o show de homenagem ao Cazuza. Entre os postos 9 e 10, a partir das 20h30min, a banda comandada por George Israel (Kid Abelha), Guto Goffi (Barão Vermelho) e Leoni agitam o público.

Com tantas opções, é só escolher alguma delas para curtir! Bom final de semana ;)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Resenha: A última carta de amor

O que dizer sobre esse livro... TUDO! Um dos melhores romances que li nesses últimos meses. A escritora Jojo Moyes me conquistou com o livro "Como eu era antes de você". E então quando fui na livraria e vi esse exemplar...não resisti!

Não li o livro, eu simplesmente o devorei em 5 dias! A história é romântica na medida. Cheia de encontros, desencontros e reviravoltas, a escritora tece uma trama sem igual que te capta a atenção desde as primeiras páginas.

Vamos a história: A trama se passa em dois tempos distintos que se cruzam a todo momento. De um lado, em 1960, em Londres, Jennifer Stirling acorda em um hospital, após um acidente, sem lembrar de nada. Não sabe mais quem é, como agir e como viver ao lado de um homem que diz ser seu marido, Laurence, com quem está casada há quatro anos.

Um belo dia, tentando entender um pouco mais a sua vida, Jennifer encontra em um livro uma carta de amor:

“Estarei na Plataforma 4, Paddington, às 19h15, sexta-feira à noite e nada no mundo me faria mais feliz do que você encontrar coragem para vir comigo. (...) Saiba que você tem meu coração, minhas esperanças em suas mãos.
Seu, B” (Página 22)

Ela então resolve procurar quem seria o tão misterioso e romântico B com quem ela teria um caso. A história então avança para Londres no ano de 2003. Ellie Haworth é uma jornalista que precisa encontrar, nos arquivos do jornal onde trabalha, uma grande matéria para o exemplar comemorativo do jornal. Em meio a tantos papéis irrelevantes ela encontra a carta de B para Jennifer. Porém, a vida de Ellie não é a das mais românticas. Ela se apaixonou por um homem casado e se contenta com a condição de tê-lo raramente e apenas em lugares que não sejam públicos.

Ellie se vê obcecada pelas cartas, e enquanto tenta dar um jeito em sua vida pessoal conturbada,e se envolve com o arquivista do seu jornal. Ela busca uma maneira de encontrar os protagonistas das cartas e descobrir o fim dessa linda e apaixonaente história de amor.

Bom, acho que na descrição eu já me trai e contei tudo que penso. A história do livro é apaixonante. De uma delicadeza sem igual, com pitadas de ação.

Mas fique atento, não há separação dos tempos (1960/2003), então pelo andar da carruagem você entende o que a protagonista está fazendo naquele local e em que tempo a trama está sendo contada.

Além de toda a beleza da escrita simples, direta e romântica, que a Jojo Moyes sabe muito bem como fazer, o livro traz um casal único. Jennifer e B são mais que lindos e você torce até a última linha, da última página, para que eles se amem por mais 40 anos.

Ficou curioso?! Então corre pra livraria! Vale muito a pena!!

Nota final: ***** (5 estrelas)


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Fortaleza de cartas

Na vida precisamos ser fortes. Amorosos, carinhosos, mas antes de tudo: fortes. Se algum dia me perguntarem qual conselho passaria aos meus filhos, seria este: seja forte, porque a vida vai testá-lo e se você não souber como lidar com isso, não irá amadurecer nunca.

Precisamos ter ideia da dimensão da nossa força.
Fortes para saber até onde podemos aguentar. Fortes para saber até onde devemos engolir o orgulho e deixar pra lá. Fortes para pedir ajuda quando não sabemos o que fazer. Fortes para entender o nosso problema e o do outro. Fortes para perceber que a cada tombo deixa sua marca e que ela te servirá de lembrança. Fortes para aguentar o que o destino te reserva. Fortes para acordar todo dia com um sorriso no rosto, apesar de todo o resto.

Em alguns momentos, devemos ser fortes como um castelo de cartas. E ai você irá se perguntar: como assim?! Afinal, com um vento, um movimento em falso, todas as cartas desabam. Como as lágrimas que brotam dos olhos, mesmo que involuntárias. Sim, tudo na vida tende a fraquejar, até mesmo nós. Mas o importante é não deixar as cartas voarem, para que você possa recompô-las em um novo castelo no futuro. Quem sabe assim, de tentativa em tentativa, o seu castelo acaba se tornando uma fortaleza.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Severina

Eu acordei como num dia normal, te dei bom dia. Fiquei no meu quarto estudando e quase não nos falamos. Não era o seu melhor dia, eu percebi pelas suas atitudes. Tomei banho, almocei, peguei as coisas da faculdade, tomei um copo d’água e me despedi de você, que como sempre me disse com um sorriso no rosto: “vai com Deus!”. De noite, soube que esse foi nosso último encontro. Nessa hora me arrependi por todos os dias que não conversamos mais e que não trocamos mais experiências. Apesar de certa distância, gostava muito de você e percebia que isso era recíproco. Obrigada por sempre me ajudar e, de certa forma, cuidar de mim com tanto carinho. Agora só me resta a lembrança do seu sorriso alegre. E toda vez que me lembro de você, me vejo com uma lagrima.


Texto de Juliana Granato


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Resenha: Fortaleza Digital

Como os leitores do #Uma Breve História devem saber, sempre fui uma assídua por romances. Mas como o filme "O Código Da Vinci" foi maravilhoso, resolvi dar um crédito ao tal do Dan Brow. E não é que ele me surpreendeu! 

O livro "Fortaleza Digital" é muito bom! Daqueles que você não quer largar e a cada final de capítulo você se vê tensa com as reviravoltas da trama.  O ritmo é super intenso e você acaba de ler em menos de uma semana. O livro fala de tecnologia, mas em um nível básico, não precisar ser de TI para entender. E ao mesmo tempo, explica de maneira simples alguns conceitos e notícias que vimos vinculadas na rede em 2013 (como o caso de espionagem do Obama e a raiva da Dilma).

Bom, vamos a história!  Em "Fortaleza Digital", Brown mergulha no intrigante universo dos serviços de informação ultra secretos americanos e ambienta sua história na multibilionária NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de inteligência do mundo. E uma pequena observação, no começo do livro ele agradece a ajuda de pessoas anônimas que trabalharam na NSA que colaboraram com dados e fatos, ou seja, a trama traz informações verdadeiras, o que dá um ar de suspense ao conjunto da obra.

A bela matemática Susan Fletcher é uma das mulheres mais poderosas da NSA, se não a única. Ela se apaixona por um professor universitário e tudo parece as mil maravilhas, até que... o supercomputador da NSA, até então considerado uma arma invencível para decodificar mensagens terroristas transmitidas pela internet, se depara com um novo código que não pode ser quebrado.

Presa numa enorme e tensa teia de segredos e mentiras, sem saber em quem confiar, Susan precisa encontrar a chave do engenhoso código para evitar o maior desastre da história da inteligência americana e para salvar a sua vida e a do homem que ama. Ao mesmo tempo, que ela tenta decodificar o código, seu namorado está correndo perigo nas ruas de Sevilha, na Espanha e multimilionários querem comprar o código indecifrável em Tóquio.  

E o melhor, Dan Brown consegue em meio a uma história impressionante e muito, mas muito bem escrita tratar de um conflito importante entre as liberdades individuais e as questões de segurança nacional!
Resumindo, um livro maravilhoso, envolvente e super recomendado!

Nota final:***** (5 estrelas)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Amor pleno

Ela estava ali, na minha frente com um olhar que mais queria sorrir. Seus olhos brilhavam. Por alegria, amor e agradecimento! Naqueles seu aniversário, ela estava me agradecendo por tudo que eu havia feito para tornar um sonho real. Mal sabia ela que o meu sorriso não era de euforia pela belíssima festa, nem apenas de alegria por ver reunido naquele local, as pessoas que viveram há anos ao nosso lado, o meu sorriso era algo além, escondido em meio as luzes da pista de dança, como o sol que espera a hora certa para nascer entre as colinas. Meu sorriso era de retribuição! Naquele momento eu queria agradecer.

Agradecer a atenção que recebi sempre que gritava seu nome no corredor; 
Agradecer o sorriso que me acalmava quando eu achava que não sabia a matéria da prova;
Agradecer o sopro sereno e gelado que ajudava a passar aquela terrível dor de machucado infantil; 
Agradecer aquela voz que sempre me acalmou e me aconselhou sobre o que seria melhor;
Agradecer aquele beijo na bochecha de amor e carinho, como só as mães sabem fazer;


Naquele momento, em meio à trilha sonora, vozes entorpecidas e alegrias plenas eu senti um enorme orgulho de ser quem eu sou, pois vi na minha frente que eu soube exatamente a quem puxar.

Enquanto ela ria, dançava e dizia apenas com os lábios um dócil "obrigada por tudo" ou um"te amo, filha" eu retribuía com sorrisos repletos de felicidades. De quem quer agradecer por tudo e retribuir a sorte de ter sido enviada para esta família.




segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ano velho, ano novo

Corre, pega, puxa e para. Não vai porque não volta. Igual não terá, não teve, não tem. Te quero e te gosto, para sempre. Marcou, mudou, renovou: a pessoa, a visão e o pensamento. Foi bom enquanto durou. Foi um prazer tê-lo aqui 2013.

Agora vem o próximo, e seja melhor que o anterior. Anima, ajuda, encoraja, melhora e muda, sempre. Será uma eterna mudança. Medo. O tal que aparece e atrapalha. Mas vem, enche o peito e bate, pula. Vencê-lo-ei. Mais uma vez.


Texto de Juliana Granato


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Resenha: Simplesmente Irresistível

Não sei nem por onde começar! O livro da escritora Rachel Gibson é muito bom! Uma mistura de romance, humor e uma pitada de química sensual entre o casal! Nunca fui fã de livros do gênero "pornô Light", como cinquenta tons de cinza! Então aviso logo que este livro não chega aos pés das cenas eróticas de cinquenta tons, mas é muito bem escrito e isso já ganha o leitor!

Bom, a história conta a vida da belíssima Georgeanne. Uma mulher sem muita perspectiva de vida que decide se casar com um homem bem mais velho que ela, com idade para ser seus avô! Mas ao perceber a burrada que ia fazer apenas por dinheiro e estabilidade financeira, Georgeanne deixa o altar correndo e pede carona ao astro de hóquei John Kowalsky! Mas ele nem sequer desconfia que aquela loura linda é a noiva fugitiva de seu chefe, dono do time de hóquei. E aí que a história fica boa! Como todo mulherengo e charmoso, Johns e vale da frase "tudo que é proibido é mais gostoso" e acaba na cama com ela. 

No dia seguinte, John dispensa ela e a deixa com o coração partido e muito magoada. Mas o que ele não sabe é que deixou para trás uma mulher grávida. Sete anos depois, o reencontro entre eles mostra a John que sua única noite com Georgeanne produziu uma filha fofa e linda! Ele resolve então se aproximar da menina e consequentemente sua paixão por Georgeanne renasce!

A trama em si já é boa, mas a maneira como Rachel Gibson escreve é absurdamente boa! Não consegui largar o livro! Li em pouquíssimos dias e recomendo!! Ela foi ganhadora do prêmio Golden Heart, é uma das autoras mais amadas dos EUA e esse livro foi best-seles do The New York Times!

O melhor do livro é a química entre o casal! Georgeanne e John são aquele tipo de casal que você torce para lançar filme, seriado, continuação e algo mais. Para as meninas que gostam de coisas mais apimentadas, as poucas cenas de sexo do casal são tão bem escrita que você parece estar vendo um filme! Georgeanne é uma mocinha fofa, delicada mas que sabe ser forte quando precisa, afinal cria sozinha a filha até os 7 anos!

Super recomendo o livro!! 

Nota final:***** (5 estrelas)