segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gente como a gente

Depois de visitar uma favela no Rio de Janeiro pude perceber que as barreiras criadas por nós mesmos, são maiores do que imaginamos. Temos medo e preconceitos de entrar em favelas, quando na verdade elas são lugares como outro qualquer. Não tão como outro qualquer.

Mesmo em 2013, ainda falta assistência nestes lugares. A luz acaba, a água acaba, o lixo não é recolhido da forma que deveria e as pessoas passam por dificuldades. E apesar de todos os problemas, as elas são felizes. Felizes com as coisas simples da vida. Felizes em tomar um chop com os amigos, ouvindo um samba. Felizes vendo seus filhos crescerem. Felizes ajudando os outros, mesmo que seja por pouco.

Digo isso porque conheci o responsável pela rádio comunitária de determinada favela. Homem simples, trabalhador, sem muita escolaridade e grande vontade de colocar a rádio no ar. Sem nenhum tipo de ajuda financeira, ele mantém, há seis anos, a Rádio, no dial para que todos os moradores possam se divertir, se informar e debater assuntos. 

A vontade de aprender do sujeito, ultrapassa as barreiras que a vida lhe impôs. Ele mesmo montou o transmissor da rádio, que ele mesmo conserta. Quando qualquer objeto da rádio quebra, - computador, aparelhos- ele aprende como consertá-lo e o faz. Seu orçamento no banco já está no vermelho há muitos anos por conta das despesas com a Rádio. E quando questionado o motivo pelo qual mantém a rádio, ele responde “paixão”. A felicidade e a satisfação estão claramente estampadas no rosto do sujeito que me recebeu bem e que contou a história de vida e da rádio com muito prazer.

Ele não está no cargo mais alto de uma empresa, dentro de um terno engomado, mas seu prazer extrapola a ‘felicidade’ de muitos CEOs do mundo todo. O que o move é a satisfação de ver que as pessoas gostam do seu trabalho e que ele pode, de alguma forma, ajudá-las.

Texto de Juliana Granato

sábado, 28 de setembro de 2013

DC: Boas escolhas para o Festival do Rio

Com filmes nacionais e internacionais, palestras e workshops, o Festival do Rio 2013 começou esse final de semana e traz uma programação que promete tirar qualquer um do sofá! Agora a má notícia: são milhares de filmes bons e poucos dias para assistir, então fizemos uma pequena seleção de logas e documentários que valem a compra do ingresso, deixando bem claro, que o festival traz inúmeros bons filmes, mas não podemos dizer todos porque o post acabaria só no final do blog. A programação completa está no site oficial e o evento ocorre do dia 26 de setembro a 10 de outubro. Então corra!

Para quem gosta de filmes leves e com um humor mais requintado, a pedida é "Le Week-End". Um filme inglês que traz o lado bom da vida após os 60. O casal de professores universitários, Nick e Meg, vive uma rotina pacata em Birminghan. Na tentativa de resgatar algum romance em sua vida, Meg convence o marido a voltar à Paris por um fim de semana para comemorar 30 anos de casados no mesmo hotel em que passaram a lua de mel. Subitamente, um encontro casual com um amigo de longa data se torna o estopim para mudanças. 



Agora, se você ouviu falar que o Woody Allen também está no evento, a informação procede. Um ótimo filme, com um elenco muito bom e um diretor maravilhoso. Quer mais? "Blue Jasmine" conta a história de Jasmine é uma elegante socialite de Nova York que precisa mudar o ruma da sua vida quando acontecimentos inesperados a levam a se separar do marido, o rico empresário Hal. Ela decide se mudar para a casa de sua irmã, Ginger, que vive num modesto apartamento em São Francisco. Morando numa nova cidade e distante de seu universo, Jasmine precisará reorganizar toda sua vida. O filme marca a primeira parceria entre o diretor Woody Allen e a atriz Cate Blanchett. Desde sua estreia nos EUA, em julho, vem sendo considerado um dos melhores trabalhos da carreira do cineasta. Isso mesmo, um dos melhores! Vai perder?

Se você está pensando que só falamos de coisas lindas e de romance, está enganado. A próxima dica é o documentário do americano Richard Rowley, "Guerras Sujas". O jornalista investigativo Jeremy Scahill segue o rastro do Comando de Operações Especiais Conjuntas, a mais secreta elite do exército americano. Entrevistando ex-oficiais do exército e parentes de vítimas dessas ações, Scahill descobre que a JSOC possui uma lista de alvos que inclui até mesmo cidadãos americanos, demonstrando que a Guerra ao Terror cresceu ainda mais durante o governo Obama. Um bom documentário e um tema sensacional!



Um filme meio noir, meio cult, meio ação e suspense também está dando o que falar. Do mesmo diretor de Apenas Deus Perdoa" traz o belíssimo ator Ryan Gosling no papel do inglês Julian, membro de uma poderosa família de criminosos, que gerencia uma academia de boxe em Bangkok, fachada para uma operação internacional de heroína. Quando seu irmão mais novo é assassinado depois de matar uma prostituta, Julian recebe a visita de sua mãe, que chega com a obsessiva ideia de recolher o corpo do caçula e vingar sua morte. Mas aos poucos, os dois vão perceber que a cidade possui suas próprias regras.

"Drive", "

E para fechar as dicas com chave de ouro: um documentário brasileiro sobre um dos maiores nomes do jornalismo investigativo. "Histórias de Arcanjo - um documentário sobre Tim Lopes" narra a trajetória do jornalista Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, que saiu do Rio Grande do Sul, ainda criança, para morar no Rio de Janeiro. Através de reencontros com amigos, colegas de profissão e personagens de matérias, Bruno, seu filho, percorre por histórias inéditas. Vale muito a pena!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O smartphone e a paquera virtual

Hoje percebi como a minha avó se sentiu quando, em uma bela manhã de domingo, eu contei pra ela que eu não pretendia me casar antes dos 25 anos. Ultrapassada, antiquada, velha?! Acho que todas as palavras definem como fiquei quando finalmente entendi a lógica de aplicativos para smartphones que ajudam em relacionamentos. Não digo SMS, nem o famoso WhatsApp; esses dois são mais ou menos como uma bela atualização da antiga correspondência por cartas. Digo aplicativos como um tal de "Tinder", mais ou menos como o Bate-papo UOL da nossa adolescência. Aquele que todos sacaneavam e chamavam de ridículo quem tinha a coragem de dizer que usava! Naquela época, quem era bom na paquera não usava essas artimanhas, se garantia com bilhetes, cantadas e papo ao vivo. Mas agora os mesmos meninos se inscrevem em um aplicativo onde você encontra e "curte" pessoas e se elas "curtirem" de volta vocês começam a conversar.


Sei que posso parecer tão romântica e nostálgica quanto a minha avó, ao me contar sobre sua época de paqueras e saias até o joelho, mas eu ainda gosto de um olhar discreto no bar, um sorriso de canto de boca na rua e até mesmo umas palavras no ouvido, meio ditas, meio sussurradas. Onde foi parar o antigo?! Na época dos smartphones até mesmo a paquera e o frio na barriga ficaram para trás.


Não interessa se, de acordo com os padrões, a menina é bonita ou feia. Ou o menino é gordinho ou sarado. Todos possuem algo para mostrar e consequentemente, para conquistar alguém! Será que as pessoas estão com a autoestima tão baixa que precisam se esconder atrás de um celular? Será que elas precisam fingir ser o que não são para serem interessantes?! Esse marketing pessoal é mais ou menos como escrever perfil de site de relacionamento: todo mundo lê filosofia, gosta de animais e é bonito. Mas quem ali realmente é assim?! Nesse mundo da paquera virtual (Tinder, bate papo e sites de relacionamento), o que é real?! Se você está curioso para saber só lhe resta marcar um encontro ao vivo. E nesse caso, aplicativo nenhum vai poder te ajudar se a tal pessoa não for realmente interessante. 



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Novo velhor amor


Amor envelhecido
Amor entristecido
Amor que já se foi.


A nova impressão do meu corpo no teu,
mexeu.
Mexeu na estabilidade, na relação.


Mas será isso seu fim?



Texto de Juliana Granato

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dica Cultural: Passeios ao ar livre

Amanhã, dia 21 de setembro (sábado), é comemorado o Dia da Árvore e no domingo, é o Dia Mundial Sem Carro. Por isso, o Dica Cultural desta semana vai trazer uma programação um pouco mais "natureba", mas no bom sentido! Vamos criar uma programação barata, acessível de bike e que vai fazer você conhecer um pouco mais da sua cidade e ter um contato com a natureza.

Manhã


Para os aventureiros, as trilhas são ótimas opções para passar o final de semana. A trilha da Pedra da Gávea  é bem procurada pelos cariocas. O Parque Nacional da Tijuca  é uma boa, já que abriga inúmeros caminhos que animam desde os mais preguiçosos até os mais esportistas.



Agora, se tudo o que você quer é relaxar no sábado e no domingo, uma boa opção é dar uma volta no Jardim Botânico. O local fica cheio, mas é bem espaçoso e dá para aproveitar bastante. Lá existem locais próprios para fazer piquenique e se você mora pela zona sul, não pense duas vezes e vá de bicicleta. Para celebrar o Dia da Árvore, o Jardim Botânico preparou uma programação de final de semana que conta com passeios por trilhas, exibição de documentários, debate ao ar livre e plantação de mudas. O ingresso está bem barato! No sábado, o dia começa com uma Trilha pelo arboreto às 14h e 15h30. A plantação de mudas será sorteada para os visitantes que comprarem ingressos das 8h às 9h30 na bilheteria.


Os moradores de Niterói não ficam de fora do Dica Cultural da semana. Quem mora em "Nickiticity" (como chamo a cidade da minha família) podem aproveitar o Dia Mundial Sem Carro, no projeto “Semana da Mobilidade”. Serão instaladas ciclovias temporárias, demarcada por cones, simulando o que será o futuro circuito universitário. A programação conta com apresentações artísticas; passeios ciclísticos; ciclocine e palestras como “Pedalando e Educando”. No dia 22, em homenagem ao dia, os veículos não poderão circular na Praia de Icaraí. A lista completa de atividades, que são gratuitas, se encontra no site Niterói de Bicicleta.

Agora, se o seu final de semana só começa mais tarde e você curte programas mais intelectuais e menos físicos, aqui vão outras opções boas.

Tarde/ Noite


Forte de Copacabana recebe a exposição “Cristo Redentor:de braços abertos”. A mostra utiliza recursos multimídia para explicar o processo de construção do monumento.A exposição conta também com um espaço dedicado às crianças, jogos e oficinas com atividades infantis.

No dia 22 de setembro, o


No espaço CIAMA Cultural (Centro de Inclusão, Arte e Meio Ambiente), a peça “Entre Nelson & Clarices” traz os autores Nelson Rodrigues e Clarice Lispector. A apresentação é no dia 21 de setembro, às 20h, com entrada a R$ 10.


Durante o período do Rock in Rio, o Quiosque Bacardí Big Apple, em Copacabana, na altura da rua Bolívar, apresenta uma programação especial. O objetivo é promover uma especie de “esquenta” para os shows da noite. O evento terá entrada gratuita. Os djs começam a tocar às 18h.




Para inspirar você a deixar o carro na garagem e pegar a bike:
"Para mostrar a eficiência da bicicleta, o australiano Tim Goldby fez um vídeo mostrando quantos carros ele ultrapassa no trajeto de casa até o trabalho. No total, foram 589 veículos."


Fontes: Catraca Livre e sites de programação carioca.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Torcer pro América pode ser uma boa opção...

Durante as conversas de bar entre amigos, status de relacionamento parece até final de campeonato brasileiro. Quem é solteiro diz que a melhor coisa do mundo é viver sem ninguém para "encher o saco", que ama ter a liberdade para sair toda noite, e claro, não vê nenhum defeito do "time". Já os enrolados ou comprometidos, afirmam, com ou sem fotos para comprovar, que a melhor escolha para o final de semana é curtir um cinema, um show e sair pra jantar com o seu amor, ou seja, outro "time" sem defeito algum. Essas pessoas estão tão certas de suas decisões que se sentem donas da verdade. Para elas, não existe meio termo, nem equilíbrio, o time é perfeito e ponto final. A boa é torcer pro Flamengo, ou pela estrela solitária do Botafogo. Talvez levantar a bandeira do Fluminense, ou quem sabe vestir a camisa do Vasco. Mas ninguém naquela mesa de bar quer torcer pro América, aquele time tranquilo, com defeitos e qualidades. Não! O importante é afirmar, a todo momento, que a escolha feita é, sem dúvidas, a melhor. 

E ai está o grande erro! Nada na vida é perfeito. E se fosse, com certeza seria chato. Solteirice perfeita não existe, sempre vão existir recaídas pelo ex, noites sem uma boa festa que vai dar vontade de dividir a tarde de domingo com alguém. Assim como nenhum namoro é maravilhoso. Brigas, desentendimentos e problemas existem desde Adão e Eva, porque agora vai ser diferente!

As redes sociais vieram apenas para fortalecer esse mesmo exibicionismo da mesa de bar. Se você terminou, resolve colocar 500 mil fotos suas na night para provar que esse é o modo que você escolheu para viver. E quando você engata em um namoro, a sua vida parece que virou a vida do casal. Foto junto, status junto, tudo junto. Mas nem sempre o que está no seu Feed é a realidade.

Por favor leitores, vamos torcer mais pelo América! Pelo time imperfeito, mas que tem lá o seu equilíbrio.  Vamos perceber que namorar é muito bom, mas não te priva de sair a noite para beber com suas amigas. E que ser solteira tem sim suas vantagens, mas passar um final de semana em casa vendo filme com a sua irmã pode ser uma boa opção de programa. Vamos parar de achar que status de bar, ou de Facebook, define o tipo de vida que temos que levar, e principalmente, o tipo de relacionamento que temos que ter. Vamos ter mais atitude e falar para todos na mesa que, mesmo com qualidades e alguns defeitos, o América te faz feliz!



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mundo Rock in Rio

Era uma sexta-feira e, sem saber muito bem o porquê, lá estava eu indo para o Rock in Rio. Depois de pagar caro no combo ingresso + transporte colocava as melhores expectativas naquele evento que era aguardado a meses por todos, menos por mim. A energia de todos acabou me contagiando e eu entrei no mundo do Rock in Rio.

Sem gostar muito das atrações daquele dia, estava indo para ver a homenagem ao Cazuza. Sim, muitos me julgaram: “Fala sério que você vai pagar caro por isso!”, “Não acredito, Cazuza já morreu”, “Fala sério, eu vou pra ver Beyoncé”. Realmente o show não foi como esperado por conta dos cantores selecionados para fazer a homenagem, mas Ney Matogrosso não decepcionou e sua emoção conseguiu ser transmitida para alguns que assistiam ao show. Digo alguns pois durante o espetáculo, o público ao meu redor se animou com duas ou três músicas apenas, enquanto a Beyoncé levantou todos com tantas trocas de roupas e músicas de pouco conteúdo. Seus fãs que me perdoem, mas tem muita brasileira por ai que tem o mesmo rebolado que ela, mas como sempre a cultura americana acaba sendo mais valorizada.

De repente, um sujeito sobe ao palco com enormes headfones, e como outra pessoa qualquer, coloca músicas que animaram a todos, como se aquilo fosse uma grande rave. David Guetta, não passa de um simples DJ que roubou espaço de qualquer outro artista que poderia estar ali se apresentando.

Sim, Medina conseguiu entranhar a ideologia Rock in Rio em quase todos os jovens que eu conheço. A ideia de estar lá vai além de gostar da maioria das atrações e por isso eles vão em dois ou três dias de show. Se vende juventude, felicidade, aventura, liberdade, quando na verdade não se passa de desconforto, exploração e prisão.



Texto de Juliana Granato

sábado, 14 de setembro de 2013

DC: Ontem foi dia de rock, bebê!

Em homenagem ao maior, ou quase isso, festival de música do Brasil, o Dica Cultural desta semana pretende fazer um balanço dos melhores e piores momentos do Rock in Rio! Então, como o dia foi longo, prepare-se para o big texto!

Cheio de surpresas, emoções e alegrias, o evento começou deixando boas impressões em todos que estavam lá. Mas como nem tudo na vida é perfeito, alguns problemas também apareceram na festa. O dia 13 de setembro, ou o dia de abertura do Rock in Rio, foi no mínimo eclético. Acho que essa é a palavra para resumir o dia! Música clássica, axé, house, pop, mpb e rock brasileiro marcaram os palcos do festival.

Desde às 14h da tarde, a cidade do rock já abrigava um número considerável de fãs da diva do pop, Beyoncé, mas a diminuição do público, quando comparado ao de 2011, mostrou que o evento seria mais agradável, menos fila nos banheiros e nos locais para comer, assim como uma maior variedade de lanches. Mas o preço? Ai já é outra história. A água continua a mesma fortuna!

Foto: Ivan Pacheco
As atrações menos famosas, muitas vezes esquecidas ou ignoradas, causaram ótimas impressões! Na Rock Street, este ano com temática de Londres, uma banda  cover dos Beatles tocava no telhado de uma das casas os maiores sucessos da banda. "Hey Jude" contou até com coro do público para a parte do "Na, na, na na, Hey Jude". Logo após o fim da cantoria, o palco mundo abrigou os  músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira. Uma abertura de deixar qualquer um emocionado! A surpresa? Uma guitarra em meio a violinos, flautas e violoncelos. A orquestra, sob o comando do maestro Roberto Minczuk, apresentou os clássicos como Villa Lobos e Beethoven, mas não deixou de animar o público com trechos de músicas do Rolling Stones,  Beatles, U2, Legião Urbana e Kid Abelha, fechando com a música-tema do Rock in Rio

Foto: Ivan Pacheco
Logo após a OSB, o poeta Cazuza foi homenageado em um show com altos e baixos. Paulo Miklos abriu o tributo com  músicas famosas do poeta que animaram o público. Já cantora Maria Gadú e Bebel Gilberto ficaram apagadas quando comparadas a performance de Rogério Flausino, Frejat e claro, Ney Matogrosso!

Pausa para uma pequena observação, Ney Matogrosso deixou a todos emocionados ao cantar com tanto carinho uma das músicas mais marcantes do Cazuza, "O Tempo não Para". Rogério Flausino deixou sua marca ao cantar "Ideologia" com muito vigor e falou também sobre as manifestações políticas de 2013. 

Foto: Rodrigo Antonio
Do rock brasileiro para o axé baiano! Ivete Sangalo com todo o carisma, beleza e sensualidade, apareceu no palco para dar um show e deixar a diva Beyoncé um pouco no chinelo. Com um visual mais que lindo, Ivete cantou todos os sucessos, animou o público, homenageou o Queen com "Love of my life" e ainda, de quebra, brincou com o jeito "carão" da cantora do pop Beyoncé. Ivete, com certeza, foi o momento top da noite!

Foto: Eduardo Biermann


David Guetta transformou a cidade do rock em uma enorme rave. O músico tocou os maiores sucessos e interagiu com o público, desde pedidos de palmas até placa com "I Love you, Rio"! Com muito carisma, David Guetta mostrou que o house também tem espaço no festival.



Foto: Eduardo Biermann
A diva do pop mais esperada da noite entrou no seu estilo "tô podendo" e não deixou de lado o carão. Com muita sensualidade, às vezes um pouco exagerada, Beyoncé se preocupou mais com o seu visual, afinal fez mais de 5 trocas de roupa, do que com os seus fãs que estavam na grade sendo empurrados. Com pouco carisma e muita beleza, a cantora animou o público com seus maiores sucessos e apenas no final, reservou uma surpresa para todos: dançou o hit "No passinho do Volante" com um modelito básico e até deu um sorrisinho. Os fãs que me odeiem, mas me arrisco a dizer que o show deixou MUITO a desejar, afinal o último show da cantora no Brasil foi muito mais animado!

Fiz aqui uma pequena lista para aqueles que não vão ler o texto todo, mas querem saber o que aconteceu!

Top nota 10!
*OSB tocando hits de bandas famosas internacionais e nacionais. Cultura no povo!
*Ney Matogrosso cantando "O Tempo não Para" e levando o público a loucura!
*Ivete Sangalo com seu big carisma, incentivou todos e, claro, levantou poeira.
*David Guetta todo sorrisos com o público!

Não precisava!
*Bebel Gilberto fora de si cantando no palco mundo durante o show em tributo ao Cazuza, olhando para baixo e meio desafinada, a cantora podia ter ficado sem essa no repertório.
*Beyoncé e suas 500 trocas de roupa e a falta de um cenário mais elaborado. (Até a Lady Gaga fez melhor!)
*O lixo absurdo no chão pós show! A campanha do "Lixo no lixo, Rio no coração" definitivamente não deu muito certo!


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Fiu Fiu! É sério isso?!

"Nossa! Que delícia!", "Oi gostosa, te pegava toda", "Vem aqui linda!". Quem nunca ouviu isso vindo de algum homem na rua? Ou no metrô? Ônibus talvez? O fato é que não importa onde, nem quando, nem quem... receber cantadas é algo insultante e não demonstra respeito pela tal "gostosa" que você viu passar, e digo mais: duvido que ela vá retribuir o seu "elogio" com um sorriso ou um obrigada.

O site "Olga", que pretende discutir a feminilidade de uma maneira inteligente e criativa, fez uma ótima pesquisa que me deu vontade de escrever sobre o tema essa semana. Deixo aqui o link pois vale muito a pena!!

Estamos em pleno século 21 e, por incrível que pareça, ainda existem homens que se sentem bem por abrir o vidro e gritar, em alto e bom som, cantadas bregas e ofensivas. Quem te deu o direito de falar da minha bunda? Ou que se me levasse pra cama eu ia gostar? Que mundo é esse onde as mulheres precisam mudar de calçada para não passar em um bar pois sabem que vão receber cantadas ofensivas? Não adianta falar que são elogios e que as mulheres deveriam ficar felizes por isso! Elogios são aqueles vindo da sua vizinha quando você entra no elevador ou do menino que estava sentado ao seu lado e disse que você era bonita. Isso é elogio! Cantada é outra coisa!

Vivemos em um país onde as mulheres buscam a todo momento o direto de ser mulher. Digo direito pois parece que já o possuímos quando, na verdade, ser mulher em uma sociedade machista é uma luta diária. De grão em grão, real em real, espaço em espaço, vamos conquistando um papel melhor, não ideal, dentro desse conjunto de pessoas chamado sociedade. Ai aparece um homem qualquer, pai de família, que quer que os "machos" não namorem a sua linda filhinha porque ela é muito inocente e o mundo é perigoso. Para eles eu só digo uma coisa: o mundo é perigoso por conta de homens como você que se sentem no direito de agredir verbalmente ou fisicamente uma mulher e colocar a culpa na saia curta que ela usava na rua.


A rua é um local público e por isso cada um faz o que quer, mas como tudo na vida, o bom senso é mais que essencial. As mulheres gostam de se arrumar, sair na rua bem maquiadas, porém isso não dá aos homens o direito de ofendê-las. Uma mulher de verdade quer ser conquistada e não cantada. E, se for para escutar algo, que seja um elogio bem feito. Se você precisa falar das minhas pernas, do tamanho da minha bunda ou que quer me levar pra cama, sinto lhe dizer que você não merece o meu respeito, nem se quer uma resposta. E se eu tiver vontade de responder, é bem provável que seja algo ofensivo como uma xingamento, afinal, eu só estaria devolvendo na mesma moeda!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Encantos mil

Voltava de viagem, dormindo, quando meu filho de 6 anos me acordou dizendo: “Mamãe, mamãe, olha lá embaixo, chegamos no Rio!”. Passei um final de semana em outro estado, e assim que desci do avião tive certeza de que este é o melhor lugar que eu podia morar.

Cariocas recebem bem as pessoas, bastam 15 minutos de conversa e vocês já são amigos. Se tiver um chopinho no meio então, uma hora depois o sujeito se torna seu amigo de infância. Em uma mesa de bar, garçom tem nome e muitas vezes até apelido, se é Cristina vira Cris.

Em uma roda de dança, seja lá qual for o ritmo, visitantes são sempre benvindos. Mas principalmente no samba, esse que agrega as pessoas e traz o sorriso ao rosto de qualquer sujeito mal humorado. Seja em uma na quadra de uma escola de samba, na Pedra do Sal ou no Santa Luzia.

Sem contar com as praias maravilhosas, que tem como personagens os mais diversos vendedores, que na labuta diária inventam todo tipo de música para vender seus produtos. Desde os clássicos vendedores de mate e biscoito globo até os que vendem hareburger, a tendência das areias cariocas.

Nós cariocas, muitas vezes não marcamos de nos encontrar, simplesmente nos encontramos: naquele ponto da praia, às quintas no BG ou domingo no Maraca. 

Ser carioca é ser simpático a troco de nada, não gostar de ficar preso a um terno, andar de havaianas, não suportar sinais fechados. É marcar com os amigos às 21h e só chegar às 22h, sem aborrecimentos porque todos vão fazer o mesmo. É encontrar aquela pessoa que você não vê a dias, meses ou anos e marcar alguma coisa que dificilmente vai acontecer.

Amamos o Rio acima de tudo e apenas nós podemos falar mal dele. E novamente eu confirmo, não poderia morar em outro lugar que não fosse a minha cidade maravilhosa. 

O shopping do vídeo escolhido não tem qualquer tipo de relação com o blog, apenas diz muito sobre o sentimento do carioca:



Texto de Juliana Granato

sábado, 7 de setembro de 2013

No escurinho do cinema

No sofá, na poltrona ou até no chão. Não importa o lugar que você assiste... filme bom é aquele que te prende de tal maneira que você não consegue desgrudar os olhos da tela para procurar o copo do refrigerante. 

O Dica Cultural dessa semana veio para provar que, como diz a minha avó, panela velha também faz comida boa! Os lançamentos no cinema surgem a cada semana, mas existem filmes que são clássicos e por isso, nunca perdem seus lugares no topo da lista. Os cinéfilos que me perdoem e os críticos que se acalmem, afinal não faço cinema e as minhas escolhas são baseadas em conclusões próprias. 

Para aqueles que gostam de ficar no escurinho do cinema, infelizmente a lista não vai ajudar. Agora, se você gosta mesmo é de ver um filme no conforto da sua casa, acho que você já pode ir buscando alguns nomes para guardar na estante.

Assim como no dica cultural da semana passada, acho válida uma pequena lista dos top 5 de algumas categorias. Então, ai vai:



Drama: Para aqueles mais sensíveis, a lista abaixo requer um pouco de força e alguns lenços!
*P.S I Love You
*Um Amor pra Recordar
*A Vida é Bela
*Amour
*Quem Quer Ser um Milionário?



Romances "menininhas": Ahhh... os eternos apaixonados... esses são filmes para curtir acompanhada e não sentir vergonha de chorar e rir ao mesmo tempo.
*Meia Noite em Paris
*O Lado Bom da Vida
*Como Perder um Homem em 10 Dias
*O Diabo Veste Prada
*Cartas para Julieta





Musicais: Esses não podiam faltar!
*Chicago
*Grease
*Cantando na Chuva
*Moulin Rouge
*Dream Girls


Comédias: Muito além das piadas batidas e diretas, coloco aqui filmes com um humor bem feito e que conseguem deixar risos e um gostinho de quero mais.
*Os Intocáveis
*Antes de Partir
*O Auto da Compadecida
*Prenda-me Se For Capaz
*Forrest Gump - O Contador de Histórias



Ação/suspense: Para aqueles que gostam mesmo é de deixar o coração na boca.
*Onze Homens e um Segredo
*Truque de Mestre
*Identidade Bourne (o 1º é o melhor!)
*Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra
*Chamada de Emergência




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Contra o fingimento e a favor da originalidade

Durante muito tempo venho formulando a seguinte tese: tudo que vem seguido do verbo fingir não pode ser considerado grande coisa! Você deve estar pensando... só isso?! Sim, esse pensamento básico pode muito bem resolver conflitos entre amigos e até fortalecer algumas relações amorosas. Mas principalmente, esse pensamento, de perceber em pequenas frases e discursos o fingimento intrínseco, pode acabar com o surgimento irritante de pseudo-intelectuais, pseudo-fashionistas e pseudo-formadoras de opinião.

Atualmente vivemos de um fingimento submerso, indireto e crescente. Somos metade nós mesmos e metade o que queremos passar para o outro. Digo nós porque me incluo nessa juventude que, antes de comer um belo prato de massa, tira uma foto para o Instagram. Sei que não é algo bom, e às vezes me envergonho de estar em um lugar mais preocupada em postar fotos e ter 'likes' do que em aproveitar.

Porém, esse fingimento não é culpa das redes sociais, elas apenas trouxeram à tona algo que estava quieto no canto. Afinal, quem nunca fingiu entender de um assunto só pra não ficar de fora de uma conversa?! Quem nunca fingiu ser amiga daquela menina famosinha pra ter status? Quem nunca comprou um vestido caro só para fingir que tem dinheiro e entende de moda?

Mas o problema vai além do fingir pessoal. A grande questão é quando isso começa a afetar as pessoas que estão ao seu redor. Quem foi que decretou no 'tribunal da chatice' que gostar de coisas populares é ruim e ser 'cult' é legal?! Quem foi que inventou que você sabe mais que os outros reles mortais só porque fingiu que entendeu o livro do Freud ou aquele filme iraniano em preto e branco. Quem te disse que o cool é postar frases no Facebook com palavras difíceis, que você teve que buscar no dicionário ou no Google, só para fingir que você tem uma opinião.

Quem finge não vive! É isso e ponto final! Se você gosta do som da Mc Anitta, assiste semanalmente filmes americanos de romance e se diverte lendo revistas de moda, aproveita e esquece os outros! Você não vai ser menos inteligente, nem menos interessante, que aquela menina que finge entender de política e economia, digo isso porque são poucas as que realmente entendem. Você pode até se sentir menor aos olhos daqueles que se acham superiores e evoluídos, mas não é verdade, sabe por quê? Superioridade é outro tipo de fingimento que não merece muita atenção.

Se você finge que é inteligente, você não é nem um pouco. Se você finge que é feliz, você no máximo tem uma alegria raquítica. Se você finge que ama alguém, então você não ama, e aí está mascarado outro tipo de fingimento que deve ser abolido pois só serve de base para relacionamentos superficiais que duram pouco.


A verdade pode não parecer a melhor opção agora, mas definitivamente, a longo prazo, você vai olhar para trás e ver que aquela das fotografias era realmente você; e não uma sósia pseudo-qualquer coisa que você colocou para viver sua vida. E isso vai te fazer feliz! Até porque ser original é muito mais interessante do que viver de fingimentos seguindo a opinião alheia!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Tempos de guerra

Já era de noite, bem tarde, de madrugada.
Nas telas ouvia-se o noticiário mostrando a guerra civil.
Com um clique se desliga esse mundo.
O silêncio domina, só se ouve o cair da chuva e o ruído de algumas máquinas.
De repente, lá no fundo, surgem algumas vozes animadas, cantando e festejando.
Alguém fazia aniversário.
A felicidade se contrasta com o pavor.
E em um mesmo dia, a vida começa e acaba.


Texto de Juliana Granato