Se você algum dia já reclamou do salário de um jornalista ou acha que existem poucas vagas disponíveis no mercado, bem vindo ao clube. Se você vai até a banca de jornal e não encontra uma revista especializada no assunto que você quer, bem vindo ao clube. Se você acha que, com o passar dos anos, a situação tende a melhorar, sinto lhe dizer caro leitor, que esse pensamento só é aceito no mundo imaginário do jornalismo.
De acordo com a constituição, a informação é um bem da sociedade, e é direito do cidadão ter total acesso. Um bem que, a partir de hoje, perde uma importante aliada. Não escrevo mais um texto sobre manipulação da mídia, porque até mesmo os revolucionários já estão cansados disso. Venho apenas lamentar o fechamento de mais uma revista. O grupo Abril, conhecido por levar aos leitores revistas semestrais renomadas, anunciou hoje, em nota oficial, o fechamento da revista "Bravo!". Uma revista especializada em cultura, nacional e internacional, popular e cult, atual e histórica. Um produto que trazia em suas páginas assuntos que abordavam desde cinema, teatro, poesia, artes plásticas, até outros assuntos do mundo das artes. E o mais importante, uma revista bem escrita. Com boas e profundas entrevistas e reportagens. Com um design moderno e diferente.
E então você deve estar pensando o mesmo que eu: e agora? Se antes já era difícil saber as novidades do mundo da música, do cinema e do teatro, agora então só nos restam as últimas páginas da "Veja", o Segundo Caderno do jornal "O Globo" e, é claro, os sites. Mas ainda existem os leitores à moda antiga, que gostam de levar no braço a edição do mês, folhear as páginas durante uma viagem de metro ou sentir o gosto de tirar o plástico ao receber em casa a edição de assinante. Bom, para esses leitores, que sofrem da mesma síndrome da leitura antiga que eu, só posso dar os meus pêsames.
E então você deve estar pensando o mesmo que eu: e agora? Se antes já era difícil saber as novidades do mundo da música, do cinema e do teatro, agora então só nos restam as últimas páginas da "Veja", o Segundo Caderno do jornal "O Globo" e, é claro, os sites. Mas ainda existem os leitores à moda antiga, que gostam de levar no braço a edição do mês, folhear as páginas durante uma viagem de metro ou sentir o gosto de tirar o plástico ao receber em casa a edição de assinante. Bom, para esses leitores, que sofrem da mesma síndrome da leitura antiga que eu, só posso dar os meus pêsames.
O jornalismo, profissão apaixonante para muitos, sofre cada vez mais cortes: de equipe, de salários, de redações, de publicidade e principalmente de verbas. Será que não está na hora de repensar o conceito do jornalismo? De dar mais valor ao conteúdo que chega em nossas casas? Quantas notícias como essa ainda precisam aparecer para que a sociedade perceba o problema iminente que a falta de emprego pode causar?