domingo, 28 de agosto de 2011

Destino?

Eu sempre acreditei em livre arbítrio. Que o rumo da nossa vida é escolhido por nossas ações e consequentemente, por nossas decisões. Mas às vezes, a vida nos coloca em certas situações que só nos resta pedir para o mundo parar um pouco porque precisamos de tempo para organizar nossas idéias.                                 
Sempre achei que destino era algo usado de desculpa para os protagonistas dos filmes serem felizes,  para explicar o porque de algo, ou para entender a consequência de alguma escolha. Mas eu devo estar errada.

Ontem eu terminei a  minha noite recebendo uma noticia bombástica envolvendo uma amiga. E logo depois do susto, veio o questionamento. Porque essas coisas acontecem? Porque escolhemos, ou porque, simplesmente, precisam acontecer? Às vezes estamos no momento certo, na hora certa, ou infelizmente, no momento errado, na hora errada. Quem pode saber ou adivinhar? Ninguém. Na verdade, só esse tal de destino! 
Nesse momento eu percebi que essa palavrinha  tem um papel importante em planejar nossa vida.  Como se, desde o dia que nascemos, já tivéssemos uma lista de datas e fatos que vão ocorrer conosco. Como uma sucessão inevitável e imutável de acontecimentos. Me sinto como um pequeno barco no meio da grandiosidade do oceano, como se nada que eu pudesse fazer fosse mudar o rumo e a direção que as ondas estão me levando. Mas, e Deus no meio disso tudo? Será que o destino percebe que precisa ceder? Que às vezes alguém além dele precisa comandar as rédeas das nossas vidas? 

Porque nossas vidas não podem ser equilibradas? O destino explica as coisas inexplicáveis, a fé simplifica as coisas extraordinárias e o livre arbítrio fica com o resto, a parte das escolhas e das consequências. Porque não podemos decidir os rumos das nossas vidas? Seria mais simples, mais justo e mais lógico. Mas...quem disse que a vida é simples, justa e lógica?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Exemplo e sorrisos

Dia dos pais não me parece uma data muito importante, até porque meu pai é meu pai todos os dias. Eu posso parecer meio grossa ou seca ao dizer isso, mas não acho o dia dos pais tão necessário. Afinal, a comemoração passa e os nossos dias continuam iguais.

Acho que devemos dar valor a todos os dias e a todos os momentos possíveis ao lado daquela pessoa que tanto nos ama. Não são palavras como feliz dia dos pais, que vão fazer ele se sentir um pai melhor, e muito menos você vai se sentir um filho melhor. São gestos.

Meu pai nunca foi um paizão daqueles que aparecem nos filmes. Até porque eu, particularmente, acho isso quase impossível. Meu pai não sentava no chão pra brincar, nem me levava pra a pracinha, nem para o calçadão da praia. Não preparava minhas papinhas e nem ficava ao meu lado me convencendo a comê-las. Meu pai não me levava nas festas e ficava sentado me vendo brincar com os meus amiguinhos. Não ajudava na arrumação das minhas festinhas de aniversário. Meu pai não queria fotografar e filmar cada etapa da minha vida, nem cada passo que eu dava em direção a liberdade.

Nessa hora você deve estar pensando: "Meu Deus, que horror! Ela deve ser traumatizada ou algo assim!" E minha resposta é não! Não sou traumatizada nem nada do gênero! Pelo contrário, eu cresci e aprendi algo muito importante, cada um tem seu tempo. E meu pai tem o dele.

Ele pode ter sido diferente dos outros pais, mas para mim, o momento paizão chegou no tempo certo. Eu não lembro muito bem de nada que me aconteceu antes dos 6 anos, nem mesmo fatos que deveriam ser marcantes. Mas lembro de tudo que aconteceu depois dessa data e que acontece até hoje.

Lembro das competições em que ele participava e eu assistía orgulhosa da arquibancada. Das brincadeiras que fazíamos cada vez que ele ganhava um troféu. De algumas tardes em que jogavamos futebol no play e, é claro, da minha primeira ida ao maracanã em um jogo do Flamengo. Lembro dele me ensinando a comer japonês, pedindo o que ele achava que eu ia gostar. Me explicando como usar aqueles palitinhos e me convencendo a usá-los sem o elástico. Lembro dele me ensinando desenho geométrico e me socorrendo no meu trabalho do ensino médio de perspectiva. Lembro dele de terno e gravata na minha festa de 15 anos dançando comigo. E dele de roupa de ginastica me incentivando a fazer algum exercício. Lembro dele comprando um banquinho especial para crianças para colocar na sua primeira moto porque queria que eu o acompanhasse em segurança. Lembro dele, atualmente, me acordando cedo para me dar carona de moto para o trabalho. Lembro das nossas viagens em que procurávamos no mapa os lugares, as linhas de metrô e tudo o que precisávamos e, principalmente, lembro que sempre nos divertíamos com isso.


Na verdade ainda nos divertimos, afinal o maior e mais valioso ensinamento que o meu pai me passou, não foi como ser um pai exemplo, e sim, como ser uma pessoa exemplo. Sempre sorridente, brincalhão e muito batalhador, ele não se deixa abater por pouco e é isso que eu vou levar para a minha vida. Ele me ensinou a superar o problema, mas sempre que possível com um sorriso, seja ele antes, durante ou depois.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um tal de amor

Eu te amo. Três palavrinhas tão pequenas, mas que podem significar tanta coisa. Um eu te amo bem falado, na hora certa pode mudar toda a sua vida.

Hoje em dia as pessoas banalizam o verbo amar. Elas amam tudo e todos. Amor não é gostar, não é querer, não é apreciar. Amar é amar!

Amor é um paradoxo constante. E é por esse motivo que muitos não sabem sua diferença quando o comparam com  outros sentimentos. Amor é algo delicado mas ao mesmo tempo arrebatador. É algo que te deixa feliz, mas que pode te fazer sofrer. É aquilo que você sente em momentos especiais, mas que as vezes é tão forte que você acha que sente o tempo todo. É aquilo que você gosta de ouvir, mas também gosta de falar. Amor...resumindo, é algo apaixonantemente paradoxal!

Se o amor chegar até você, bater na sua porta e pedir para entrar, eu te sugiro uma única coisa: não feche a porta na cara dele! O amor pode não voltar! Não o deixe escapar, não tenha medo da possível falha ou tristeza. Nem mesmo dos possíveis sofrimentos ou erro. Erre se for necessário! Mas tenha sempre em mente a vontade de acertar. Não fique pensando no que pode ser amar alguém, ou no que foi amar alguém, pense simplesmente em...na verdade, não pense, sinta! Amor é algo que se sente, é algo que se vive. É aquilo que, de tanto estar com você, vira seu.



Não se feche a novas oportunidades, deixe seu coração bem aberto e receptivo, porque o amor pode avisar quando vai chegar, ou pode ser algo repentino. Quando você menos esperar algo vai estar difente. Algo na sua vida vai ter mudado. E principalmente, você vai ter mudado. Um sorrindo vai estar estampado no seu rosto e você nem vai perceber que ele já estava lá a um bom tempo. Vai agir de forma mais positiva e feliz, e vai se sentir mais leve. Porque nada como um amor para te fazer sentir mais...viva!