domingo, 11 de setembro de 2011

10 anos se passaram...

A previsão do tempo para aquela manhã era positiva, sol e nenhuma possibilidade de chuva . O céu estava azul com algumas nuvens, como de costume nessa época do ano. Ela colocou a roupa e pegou o crachá, hoje seria um dia como todos os outros. Trabalhava na mesma empresa desde quando se formou, mas não via isso de uma maneira ruim, gostava do que fazia e do local onde trabalhava.

Saiu de casa e foi andando já que, com o transito normal não ia chegar a tempo. Caminhava e falava ao telefone ao mesmo tempo, sem prestar muita atenção ao que estava a sua volta. Nessa cidade grande, isso é mais do que normal, parar para apreciar a paisagem é impossível com a correria do dia-a-dia. 

Quando estava na esquina esperando o sinal abrir, escutou um barulho. Não um barulho qualquer. Era algo alarmante, alto, mas ao mesmo tempo, abafado. A única reação que ela pode ter foi se encolher por uns minutos e então vieram os gritos. Levantou a cabeça e vi ao seu lado rostos que expressavam desespero, gritos de susto e de horror. Estava com medo de olhar para onde milhões de dedos apontavam. E quando finalmente olhou para o alto viu a cena mais inesperada e absurda de toda a sua vida. Um avião tinha entrado em uma das torres do World Trade center. E agora o único que podiam ver eram labaredas de fogo. 

Ficou em estado de choque, não conseguia raciocinar, os gritos, misturados com aquela visão deixaram ela paralisada. Sirenes. Esse foi o barulho que lhe acordou do seu estado atordoado. Bombeiros, policiais, ambulâncias estavam chegando de todas as partes. Logo depois, vieram os repórteres, carros e mais carros com fios, câmeras, microfones e pessoas confusas buscando informações. Os policias só respondiam que não era o momento, que as pessoas precisavam se afastar, que ninguém sabia direito o que estava acontecendo, e nem mesmo, o que podia acontecer. Aquele majestoso prédio, que sempre pareceu tão imponente, estava agora sendo destruído. Não sabíam nem mesmo, se os pilares iam aguentar.

Alguns minutos depois, veio o outro problema. Um avião voava baixo demais e seu alvo era a outra torre. Olhou rapidamente para a entrada do prédios, se ela não tivesse se atrasado estaria ali, ou talvez dentro do elevador. Não podia acreditar em tudo que estava acontecendo. E então viu uma cena ainda pior que a anterior. Um corpo caindo do alto da torre em direção ao chão. Fechou os olhos pois não aguentava aquilo tudo. Podia ser alguém do seu andar. Podia ser um dos seus companheiros de trabalho. Não queria imaginar que  aqueles com os quais saia para beber depois de um dia cansativo estavam ali, no meio das chamas, pedindo por socorro. 

Enquanto alguns bombeiros planejavam como entrar, algumas pessoas, cobertas de cinzas, saiam do prédio. Seus rostos demonstravam dor, não apenas física. Elas choravam, pelo susto, pelo medo e pela perda de pessoas queridas. Os bombeiros entravam em grupos, alguns com equipamentos e material de segurança, outros apenas com a coragem e a vontade de ajudar. 

Todos estavam se afastando e indo para lugares abertos, mas ela não conseguia me mover, estava ali, paralisada, com os olhos bem abertos para não perder nem um minuto daquele acontecimento. Mas mesmo querendo ficar, foi obrigada a sair. Não pelos policias, mas sim pelo desfecho daquele ataque. 


As duas torres, em questão de segundos, desabaram. Primeiro a torre norte, e depois a Sul. Em um efeito dominó, cada andar foi sendo achatado e aquela enorme torre se desfez em pouco tempo. O barulho e o susto a  fizeram correr o mais rápido possível, precisava se afastar. Por pouco não ficou no meio de tudo aquilo. Conseguiu se proteger a tempo, uma nuvem de poeria e fumaça acabou a poucos centímetros da onde estava. Se jogou no chão, tentou tampar o  rosto com o casaco e ficou ali, paralisada. Ouvia gritos, gemidos, e barulhos que não conseguia identificar. Um cheiro de queimado entrava pelo seu nariz e ela começou a se sentir sufocada.  Naquele momento, ela apenas rezou. Não só por ela, mas por todos. Rezou para que tudo aquilo fosse um pesadelo, para que todos estivessem bem, na segurança de suas casas e que ela estivesse protegida em sua cama. Enquanto rezava, lagrimas saiam dos seus olhos e ela sentia todo o seu corpo tremer. Medo. Isso foi o que ela sentiu naquele momento. E então um vazio.

Não lembrava direito o que aconteceu depois. Apenas ouviu uma voz abafada se aproximando e duas mãos a sacudiram levemente. "Senhora?". Abriu os olhos calmamente e viu um bombeiro parado, olhando. Não via desespero refletido nele, apenas alivio e um leve brilho de vitoria. Tínham sobrevivido a tudo aquilo. Ele perguntou se ela tinha se ferido. Respondeu que não, tinha se abaixado para se proteger. Ele a levantou cuidadosamente e naquele instante ela pode olhar para o local do atentado. Não restava nada, apenas destroços. Ele a colocou em uma ambulância e a encaminhou a um hospital pois ela tinha inalado muita fumaça e poeira. Chegando lá, foi liberada em pouco tempo. Estava bem e já podia ir para casa. 

Entrou em um táxi e teve outra surpresa. Ouviu no radio que outro avião tinha atingido o pentágono. Mais chamas e mais mortes. "Quando aquilo tudo ia acabar ?" Estava horrorizada, em poucas horas toda a sua vida tinha, literalmente, desmoronado.


10 anos se passaram desde a queda das torres gêmeas. Mesmo com o passar dos anos, isso não vai ser esquecido, nem pelas pessoas envolvidas, nem por aquelas que simplesmente assistiram a tudo, chocadas com o que passava diante de seus olhos. Pelo contrário, o 11 de setembro será relembrado como o dia onde a maior potencia mundial ficou vulnerável, foi abalada por um ataque terrorista e perdeu um dos seus principais símbolos de poder.

domingo, 28 de agosto de 2011

Destino?

Eu sempre acreditei em livre arbítrio. Que o rumo da nossa vida é escolhido por nossas ações e consequentemente, por nossas decisões. Mas às vezes, a vida nos coloca em certas situações que só nos resta pedir para o mundo parar um pouco porque precisamos de tempo para organizar nossas idéias.                                 
Sempre achei que destino era algo usado de desculpa para os protagonistas dos filmes serem felizes,  para explicar o porque de algo, ou para entender a consequência de alguma escolha. Mas eu devo estar errada.

Ontem eu terminei a  minha noite recebendo uma noticia bombástica envolvendo uma amiga. E logo depois do susto, veio o questionamento. Porque essas coisas acontecem? Porque escolhemos, ou porque, simplesmente, precisam acontecer? Às vezes estamos no momento certo, na hora certa, ou infelizmente, no momento errado, na hora errada. Quem pode saber ou adivinhar? Ninguém. Na verdade, só esse tal de destino! 
Nesse momento eu percebi que essa palavrinha  tem um papel importante em planejar nossa vida.  Como se, desde o dia que nascemos, já tivéssemos uma lista de datas e fatos que vão ocorrer conosco. Como uma sucessão inevitável e imutável de acontecimentos. Me sinto como um pequeno barco no meio da grandiosidade do oceano, como se nada que eu pudesse fazer fosse mudar o rumo e a direção que as ondas estão me levando. Mas, e Deus no meio disso tudo? Será que o destino percebe que precisa ceder? Que às vezes alguém além dele precisa comandar as rédeas das nossas vidas? 

Porque nossas vidas não podem ser equilibradas? O destino explica as coisas inexplicáveis, a fé simplifica as coisas extraordinárias e o livre arbítrio fica com o resto, a parte das escolhas e das consequências. Porque não podemos decidir os rumos das nossas vidas? Seria mais simples, mais justo e mais lógico. Mas...quem disse que a vida é simples, justa e lógica?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Exemplo e sorrisos

Dia dos pais não me parece uma data muito importante, até porque meu pai é meu pai todos os dias. Eu posso parecer meio grossa ou seca ao dizer isso, mas não acho o dia dos pais tão necessário. Afinal, a comemoração passa e os nossos dias continuam iguais.

Acho que devemos dar valor a todos os dias e a todos os momentos possíveis ao lado daquela pessoa que tanto nos ama. Não são palavras como feliz dia dos pais, que vão fazer ele se sentir um pai melhor, e muito menos você vai se sentir um filho melhor. São gestos.

Meu pai nunca foi um paizão daqueles que aparecem nos filmes. Até porque eu, particularmente, acho isso quase impossível. Meu pai não sentava no chão pra brincar, nem me levava pra a pracinha, nem para o calçadão da praia. Não preparava minhas papinhas e nem ficava ao meu lado me convencendo a comê-las. Meu pai não me levava nas festas e ficava sentado me vendo brincar com os meus amiguinhos. Não ajudava na arrumação das minhas festinhas de aniversário. Meu pai não queria fotografar e filmar cada etapa da minha vida, nem cada passo que eu dava em direção a liberdade.

Nessa hora você deve estar pensando: "Meu Deus, que horror! Ela deve ser traumatizada ou algo assim!" E minha resposta é não! Não sou traumatizada nem nada do gênero! Pelo contrário, eu cresci e aprendi algo muito importante, cada um tem seu tempo. E meu pai tem o dele.

Ele pode ter sido diferente dos outros pais, mas para mim, o momento paizão chegou no tempo certo. Eu não lembro muito bem de nada que me aconteceu antes dos 6 anos, nem mesmo fatos que deveriam ser marcantes. Mas lembro de tudo que aconteceu depois dessa data e que acontece até hoje.

Lembro das competições em que ele participava e eu assistía orgulhosa da arquibancada. Das brincadeiras que fazíamos cada vez que ele ganhava um troféu. De algumas tardes em que jogavamos futebol no play e, é claro, da minha primeira ida ao maracanã em um jogo do Flamengo. Lembro dele me ensinando a comer japonês, pedindo o que ele achava que eu ia gostar. Me explicando como usar aqueles palitinhos e me convencendo a usá-los sem o elástico. Lembro dele me ensinando desenho geométrico e me socorrendo no meu trabalho do ensino médio de perspectiva. Lembro dele de terno e gravata na minha festa de 15 anos dançando comigo. E dele de roupa de ginastica me incentivando a fazer algum exercício. Lembro dele comprando um banquinho especial para crianças para colocar na sua primeira moto porque queria que eu o acompanhasse em segurança. Lembro dele, atualmente, me acordando cedo para me dar carona de moto para o trabalho. Lembro das nossas viagens em que procurávamos no mapa os lugares, as linhas de metrô e tudo o que precisávamos e, principalmente, lembro que sempre nos divertíamos com isso.


Na verdade ainda nos divertimos, afinal o maior e mais valioso ensinamento que o meu pai me passou, não foi como ser um pai exemplo, e sim, como ser uma pessoa exemplo. Sempre sorridente, brincalhão e muito batalhador, ele não se deixa abater por pouco e é isso que eu vou levar para a minha vida. Ele me ensinou a superar o problema, mas sempre que possível com um sorriso, seja ele antes, durante ou depois.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um tal de amor

Eu te amo. Três palavrinhas tão pequenas, mas que podem significar tanta coisa. Um eu te amo bem falado, na hora certa pode mudar toda a sua vida.

Hoje em dia as pessoas banalizam o verbo amar. Elas amam tudo e todos. Amor não é gostar, não é querer, não é apreciar. Amar é amar!

Amor é um paradoxo constante. E é por esse motivo que muitos não sabem sua diferença quando o comparam com  outros sentimentos. Amor é algo delicado mas ao mesmo tempo arrebatador. É algo que te deixa feliz, mas que pode te fazer sofrer. É aquilo que você sente em momentos especiais, mas que as vezes é tão forte que você acha que sente o tempo todo. É aquilo que você gosta de ouvir, mas também gosta de falar. Amor...resumindo, é algo apaixonantemente paradoxal!

Se o amor chegar até você, bater na sua porta e pedir para entrar, eu te sugiro uma única coisa: não feche a porta na cara dele! O amor pode não voltar! Não o deixe escapar, não tenha medo da possível falha ou tristeza. Nem mesmo dos possíveis sofrimentos ou erro. Erre se for necessário! Mas tenha sempre em mente a vontade de acertar. Não fique pensando no que pode ser amar alguém, ou no que foi amar alguém, pense simplesmente em...na verdade, não pense, sinta! Amor é algo que se sente, é algo que se vive. É aquilo que, de tanto estar com você, vira seu.



Não se feche a novas oportunidades, deixe seu coração bem aberto e receptivo, porque o amor pode avisar quando vai chegar, ou pode ser algo repentino. Quando você menos esperar algo vai estar difente. Algo na sua vida vai ter mudado. E principalmente, você vai ter mudado. Um sorrindo vai estar estampado no seu rosto e você nem vai perceber que ele já estava lá a um bom tempo. Vai agir de forma mais positiva e feliz, e vai se sentir mais leve. Porque nada como um amor para te fazer sentir mais...viva!

domingo, 31 de julho de 2011

Uma manhã diferente

A porta se abriu e um vento gelado chegou ao seu rosto e o frio parecia penetrar pelo seu corpo. O ar que respirava era diferente do que estava acostumada, o cheiro que sentia era diferente, as pessoas que passavam por ela eram diferentes, o nome das ruas eram diferentes e principalmente, o idioma que escutava era diferente. Tudo era diferente! Fechou os olhos por um momento, respirou fundo e sentiu...apenas sentiu. Era uma sensação de felicidade, que vinha de uma mistura de independência com algumas recordações.


Colocou as mãos nos bolsos do casaco e abriu um sorriso no rosto. Caminhou sem pensar em nada, apenas andava, sem destino, sem hora e sem preocupação. Cada vez que seus pés tocavam o chão ela se sentia mais conectada a aquele lugar. Parou uma vez mais, fechou os olhos e o calor daquele dia ensolarado começava a ser sentido por seu corpo. Mas aquela sensação durou pouco, um vento forte e gelado passou, ela sentiu seu cabelo balançar e um pequeno arrepio.


Naquele momento, até o frio era algo bom de sentir. Nada mais importava. Era apenas ela, aquele dia e aquela cidade. Ela se sentia feliz, livre e segura de si. E era exatamente assim que ela queria estar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palavras ao vento...

"Sinto sua falta sabia? Você não devia ter ido embora e ter me deixado assim, logo agora que nós estavamos nos entendendo tão bem. No outro dia eu lembrei de você, eu falei alguma coisa e a vovó disse que eu sou sua cópia, que somos igualzinhas. Que eu falo as mesmas coisas, penso e faço o que você fazia.

Às vezes eu fico triste, não só por você não estar aqui, mas por você ter perdido tanta coisa importante na minha vida. Não fique culpada, a minha tristeza não é culpa sua e sim da sua falta, desse vazio que ás vezes eu sinto.

Tanto tempo se passou e tanta coisa ficou para trás, para mim todos esses anos se resumem a dor de alguns meses. Quem disse que o tempo ajuda a curar tudo devia sempre se corrigir e acrescentar um QUASE.

Tia, você ia ficar muito feliz com tudo que tem acontecido comigo. Estou fazendo jornalismo sabia? E acho que tenho uma fascinação pela fotografia assim como você tinha. Me formei no espanhol  e fui morar sozinha por dois meses. Sua mãe quase infartou mas depois ela se acostumou com a idéia. Tenho saido todo final de semana, como eu queria aquelas suas roupas lindas para pegar emprestado e as suas dicas de lugares e nigths. Mas principalmente como eu queria te mostrar que sua sobrinha cresceu, mas que continua sim, com as mesmas manias, chatisses e frescuras. Tenho que te confessar que eu sempre pensava em você nas comemorações importantes da minha vida, pra mim era como se sua presença fosse real ou algo assim. Meio maluquice? Não sei, mas quem vai saber?!


Fiz uma tatuagem com a sua inicial, quem sabe assim eu te levo comigo e você pode estar ainda mais presente quando eu precisar. As vezes eu entro na igreja e te mando um recado, espero que você escute. Obrigado por ter sido essa pessoa maravilhosa na minha vida, mesmo que por pouco tempo. Espero principalmente que você esteja bem e pode ficar tranquila, mesmo sentindo sua falta e doendo bastante, eu também estou bem.


Te amo, Tia. Espero que você saiba disso! E quase que eu me esqueci, pode ficar despreocupada que do pessoal aqui de baixo eu cuido direitinho..."

domingo, 5 de junho de 2011

Corrida de Obstáculos

Na vida sempre achamos que as coisas deveriam ser mais fáceis, mas será que as vezes o que é muito fácil não cansa. Sinceramente, acredito que a vida nos impõe desafios e cabe a nos ultrapassa-los ou não.Acredito que cada um possui uma forma de canalizar sua raiva, sua angustia e sua dor. Uns brigam, uns bebem, uns resolvem sair incessantemente, alguns relembram pessoas e momentos do passado, outros, como eu, escrevem.

Namorar é um deles. Quando gostamos de alguém, só pensamos que tudo serão flores e que o amor irá curar tudo. Mas será? Eu sinto raiva daquelas pessoas que criaram as historias que eu lia quando criança que terminavam com finais felizes e românticos. Porque iludir as pessoas? As coisas não são simples, não se resolvem apenas com uma conversa e muito menos com uma palavrinha mínima chamada desculpa. Os problemas se resolvem com muitas conversas, com adaptações ao outro, certas atitudes e principalmente com um olhar companheiro, de entender o que é ou não importante para o outro. Namorar é uma das coisas mais complexas e boas da vida, até porque a sua vida que até então foi só sua, passa a ser dividida com outra pessoa.

Mas, para mim, o grande paradoxo do namoro é o tempo, muitas vezes ele pode ser um aliado, porém em outros casos, pode ser um inimigo. Com o passar dos meses vamos descobrindo do que o outro gosta, o que o outro sente e entendemos assim, um pouco mais, não tudo, de como funciona a cabeça do outro. Pode ser um ótimo amigo também, nos términos de namoros, porque como dizia nossas avós: só o tempo para curar as dores da vida. Mas ninguém nunca olhou para ele com olhos de desconfiança. Ele pode ser aquele amigo traiçoeiro. Você acha inocentemente que ele irá te ajudar e ele só espera a hora certa de acabar com tudo.

O namoro nos primeiros meses é o sonho de todo casal. E depois de um tempo você olha para trás e lembra dessa época com aquele sentimento de nostalgia. Antes o namoro é rodeado de promessas, declarações, sonhos e esperança. Depois de um tempo ele gira em torno de não realizações das promessas, frases sem efeito, realidade e esperança. Até porque essa, como dizem as pessoas, é a ultima que morre, e você apaixonada e encantada por tudo aquilo, mesmo com problemas, tenta até o ultimo suspiro. Não quero ser pessimista... Apenas, digamos, realista!

A vida não é um mar de rosas como as novelas, os livros e os filmes de comedias românticas de Hollywood nos dizem a todo momento. Ela é algo mais real, concreta, com falhas, erros, problemas, tristeza, mas também com alegrias, acertos, vitórias e muitos amores. Não quero escrever esse texto com o intuito de mostrar que não devemos namorar, não! Pelo contrario, acho que a vida nos coloca a toda momento em uma  prova de resistência e devemos mostrar que as coisas boas são possíveis, que apesar do cansaço, o final pode ser algo muito recompensador.

domingo, 1 de maio de 2011

Não deixe para amanhã, o que pode ser feito... HOJE.

Se alguem me pedisse para resumir a vida em uma palavra. Dinâmica. Essa seria a palavra. 

Assim como nós, a vida está em constante mudança nos forçando a mudar também, ou será que a nossa mudança que muda a vida. De qualquer forma, a cada hora que passa, algo esta diferente. Em apenas um dia, tudo pode mudar. Então porque nós ainda temos aquela mania de deixar para amanhã, para o mês que vem, para o ano que vem, coisas que nós poderiamos, e deveriamos, fazer hoje. E se esse tempo entre a vontade e a realização demorar muito para chegar, ou se, ele não chegar. As coisas acabam.  

Não acho justo olhar para traz e ficar pensando e se... sou a favor de viver, cada momento, e fazer hoje o que deve ser feito hoje, e amanhã... o que não der para ser feito hoje! Mas se der.. faça! Não queira guardar a dúvida dentro de si. Viva!!  Para poder tirar a dúvida e se sentir satisfeita por ter realizado algo que você queria. 

terça-feira, 8 de março de 2011

Um dia só para nós!

Para muitos o Dia Internacional da mulher é apenas mais um dia para se dizer coisas românticas para as mulheres existentes em suas vidas. Deixar elas descansarem pelo menos um dia por inteiro e assim, elas se sentirão mais bonitas e felizes para começar a rotina frenética do dia seguinte. Isso pode até ser verdade, mas não podemos tirar a importância desse dia.

A mulher, diferente do homem, sofreu durante décadas preconceitos por diversos motivos. Não tínhamos voz perante a sociedade, não podíamos trabalhar e eramos educadas, desde pequenas, a sermos a esposa e a dona de casa ideal. Depois de alguns anos, entramos no extremo do feminismo. Queríamos queimar nossos sutiãs, nos sentíamos independentes, poderosas... Homens? Quem precisava deles! Mas acho que, se pararmos para pensar, somente nos dias de hoje acredito que estamos chegando, de pouco em pouco, a um certo equilíbrio. Vivemos nossas vidas, mas temos tempo para relacionamentos, filhos, trabalho, e é claro, um tempo para cuidar de nós. 

Acredito que este é o ponto onde queria chegar. O dia internacional da mulher não é apenas um dia entre os muitos do ano, porque nós não somos apenas pessoas entre as muitas no mundo.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um jogo, uma paixão!

A cada dia que passa, ou melhor, a cada jogo que acontece, percebo o quanto, coisas que para uns são banais, mexem com a nossa cabeça. Como tudo na vida, existem aqueles que odeiam, aqueles que acham que gostam, aqueles que estão nem aí, aqueles que amam, e aqueles famosos fanáticos.

O futebol, movimenta a vida do nosso povo. Cada lance, um sofrimento; cada passe errado, um resmungo; cada contra-ataque, uma chance; cada falta, uma reclamação; cada gol; um grito! Ver o estádio lotado, os olhos esperançosos e os sorrisos no rosto, fazem com que nós, brasileiros e torcedores, esqueçamos os problemas daquele dia. Naquele momento só uma coisa importa, olhar aquela bola entrar no gol e tocar aquela rede. Olhamos para o lado e vemos um mar de gente querendo a mesma coisa, vibrando pelo mesmo momento. E quando ele chega? Nada nos impede de gritar, pular, abraçar a pessoa que está ao seu lado, mesmo sem nunca ter conhecido ou falado com ela, e é claro, cantar as milhões de musicas do seu time. Como se, toda aquela gente, com cores iguais, sorrisos iguais, paixões iguais fossem apenas uma voz. Um canto de alivio, de felicidade e de superação.
Não importa, a idade, o sexo, a classe social, a cor de pele, o conhecimento sobre o assunto, nada! Naquele momento, somos todos iguais. E essa é uma grande conquista para todos nós brasileiros, independente do time para qual torcemos.

Obs: a foto foi uma pequena homenagem ao meu time, que há poucos minutos, ganhou a Taça Guanabara.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Bons Amigos

Muitos escrevem sobre o amor. Amores que não existiram, ou que até existiram, mas que terminaram em mágoas e dor, que ás vezes, mesmo que por um tempo, é melhor esquecer. Amores belos e que, conseguiram, nos deixar mais loucos e sonhadores. Outros escrevem sobre a felicidade. Seja ela duradoura ou apenas passageira. Seja ela vinda de nós mesmos ou dos outros.

Porém hoje resolvi escrever sobre uma outra forma de amor e de um outro jeito de ser feliz. Como? Através de boas e verdadeiras amizades. Amor não é apenas aquele sentimento que nos invade e nos faz suspirar a cada momento, que nos faz querer estar sempre com o outro e se possível, não desgrudar nem um minuto. Felicidade não é ganhar algo ou ter o que sempre desejamos.
Existe o amor por aquela pessoa que te apóia quando necessário, que está do seu lado quando você precisa, e existe a felicidade de se distrair, de rir um pouco e de viver a vida. E esses sentimentos nos fazem tão bem quanto todos ou outros. 

Por isso, mesmo que o tempo passe, os gostos mudem, a distancia aumente, outras pessoas apareçam na sua vida ou na dos seus amigos; isso tudo, comparado a uma verdadeira amizade, não é nada. Porque como já dizia Machado de Assis: 


"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

(...)
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

(...)
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.

Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!"