segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mundo Rock in Rio

Era uma sexta-feira e, sem saber muito bem o porquê, lá estava eu indo para o Rock in Rio. Depois de pagar caro no combo ingresso + transporte colocava as melhores expectativas naquele evento que era aguardado a meses por todos, menos por mim. A energia de todos acabou me contagiando e eu entrei no mundo do Rock in Rio.

Sem gostar muito das atrações daquele dia, estava indo para ver a homenagem ao Cazuza. Sim, muitos me julgaram: “Fala sério que você vai pagar caro por isso!”, “Não acredito, Cazuza já morreu”, “Fala sério, eu vou pra ver Beyoncé”. Realmente o show não foi como esperado por conta dos cantores selecionados para fazer a homenagem, mas Ney Matogrosso não decepcionou e sua emoção conseguiu ser transmitida para alguns que assistiam ao show. Digo alguns pois durante o espetáculo, o público ao meu redor se animou com duas ou três músicas apenas, enquanto a Beyoncé levantou todos com tantas trocas de roupas e músicas de pouco conteúdo. Seus fãs que me perdoem, mas tem muita brasileira por ai que tem o mesmo rebolado que ela, mas como sempre a cultura americana acaba sendo mais valorizada.

De repente, um sujeito sobe ao palco com enormes headfones, e como outra pessoa qualquer, coloca músicas que animaram a todos, como se aquilo fosse uma grande rave. David Guetta, não passa de um simples DJ que roubou espaço de qualquer outro artista que poderia estar ali se apresentando.

Sim, Medina conseguiu entranhar a ideologia Rock in Rio em quase todos os jovens que eu conheço. A ideia de estar lá vai além de gostar da maioria das atrações e por isso eles vão em dois ou três dias de show. Se vende juventude, felicidade, aventura, liberdade, quando na verdade não se passa de desconforto, exploração e prisão.



Texto de Juliana Granato

Nenhum comentário:

Postar um comentário