quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Uma manhã nublada de domingo

À frente, nada além de um liso e negro caminho a percorrer. Sua respiração ficava cada vez mais ofegante e seu corpo pedia descanso a todo custo. Mas ela não ia parar. Sua perna começou a fraquejar e ela pensava apenas que faltava pouco e agora ia até o fim. Afinal, tinha esperado muito por aquele momento e não ia abandonar. 

O suor começou a se misturar com a água da chuva. Para trás ficavam todos os problemas, preocupações e a cada km, algo invadia sua mente. Aquele era um momento só dela, algo que há muitos meses, não possuía. Por mais que o seu físico pedisse descanso, a sua mente não parava um minuto. Corria como se todo o seu corpo fosse desmoronar a qualquer momento. Seus passos iam ficando mais largos e sua respiração mais difícil. A música gritava em seus ouvidos e era como se aquela canção se solidarizasse com o seu momento. 

Não olhava para o lado, nem um milímetro ia tirar o seu foco. A sua saliva já estava sumindo e a água da chuva percorria seus lábios e lhe trazia uma leve sensação de felicidade. A corrida nunca pareceu algo tão agradável. 


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