segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Matheus, me desculpa.

Era um dia de semana qualquer e chovia quando eu andava pela rua à noite. Nós não nos falávamos há uma semana, depois da briga em uma madrugada. Meu destino final era uma casa próxima a sua e não sei por qual motivo eu sentia que aquela não era uma boa hora para passar ao lado da sua casa. Evitei ao máximo até que não tive opção. Por um caminho muito estreito, passei em frente a sua portaria, e sim, você estava lá. Como se tivesse acabado de entrar, correndo da chuva e implorando para o porteiro abrir a porta.

Eu, como uma adolescente, gelei por dentro e ao mesmo tempo em que queria gritar seu nome para todos ouvirem, queria sair correndo para que você não me visse. Aquele momento parecia uma eternidade. As coisas ao redor sumiram e na minha mente éramos só nós dois. Até que “Matheus, me desculpa?!” .

Você não ouviu. Falei baixo demais. Nossos tons não estavam em sintonia. Você queria seguir e eu ficar. E desde aquele dia não te vi mais.


Texto de Juliana Granato

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