quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Em busca de uma igualdade verdadeira

Segunda-feira, dia 26 de agosto foi o Dia da Igualdade Feminina. Uma data importante para aquelas que lutam, e sempre lutaram, por uma vida igualitária entre os gêneros e que, principalmente, defendem a bandeira do feminismo.

Assim como não concordo com inúmeras políticas atuais do governo, ou com algumas doutrinas da igreja, me sinto no direito de não aceitar tudo que é posto em pauta pela luta feminista. Ser contra alguns aspectos e contestá-los faz parte da rotina de uma jornalista. Digo isso, porque ultimamente tenho visto uma padrão se repetir. Algumas mulheres reclamam de seus namorados, maridos, ou quando estão mais revoltadas, reclamam dos homens como um todo, como se eles fossem a pior coisa inventada para nós, só perdendo para a menstruação ou quem sabe para a depilação com cera. Há aquelas que se arriscam a dizer que todos os homens são machistas e nunca entenderão o que as mulheres passaram e ainda passam. Sim, foram anos e anos de luta, queimas de sutiãs, trabalhos diferenciados, salários inferiores e constrangimentos públicos para chegarmos ao patamar, não ideal, no qual estamos. Mas daí, colocar toda a culpa do universo no outro é muito fácil. "Deu problema, culpa do fulano."; "Falou besteira, só podia ser homem."; "Terminou? Homem é tudo igual!".

Não podemos esperar do homem um pensamento mais igualitário, de defesa das diferenças de gênero e de reconhecimento das qualidades femininas quando nós mulheres estamos mais preocupadas em dizer que a culpa pelo fim do relacionamento, dos problemas do mundo, da inflação do dólar, das guerras no Oriente Médio, é dele! Desse modo, assumimos papeis contrários. Viramos "machistas", pois nos colocamos em um patamar superior e inferiorizamos eles, comportamento que aturamos durante séculos! O machismo é ruim quando vem em forma de preconceito do lado de lá, mas o feminismo em excesso também pode ser prejudicial à qualquer relacionamento.

Precisamos olhar mais para nossas falas padronizadas e robóticas e utilizar os anos de luta para perceber que a igualdade não deve ser buscada só na parte boa como o emprego, ou o salário melhor. Igualdade por si só, quer dizer igual em tudo. Isso inclui igualdade nas falhas, na culpa e na coragem de assumir o papel de errada e não de vítima da falha masculina. Mulheres, vamos buscar a igualdade sim, mas vamos buscá-la por inteiro. Vamos ser "feministas" nas vitórias e nas derrotas, porque aí sim, a igualdade será verdadeira.

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